"A subida do PS de sete para 19 deputados demonstra que o povo madeirense e porto-santense quer uma mudança. Eu espero que amanhã [segunda-feira] nas negociações haja essa mudança e que seja uma Madeira melhor para todos", afirmou à agência Lusa o candidato do PDR.

O PSD venceu no domingo as eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira com 39,42% dos votos, mas perdeu pela primeira vez a maioria absoluta, elegendo 21 dos 47 deputados, mais dois do que o PS (19), a segunda força política mais votada.

"O PDR vê de uma forma natural [os resultados eleitorais] pela desigualdade que houve ao longo da campanha, derivado às grandes máquinas de PS e PSD", justificou.

Segundo o candidato, "foi criado, ao longo da campanha, um fosso entre os partidos pequenos e os grandes".

"A gente vê que daqueles [partidos] que tinham assento parlamentar três desapareceram e outros desceram e perderam, a olhos vistos, deputados para o PS", apontou.

Filipe Rebelo acusou ainda o PSD de ter transportado eleitores das zonas rurais para as mesas de voto, influenciando, no entender do candidato do PDR, o sentido de voto.

"Isso deveria ser proibido porque esses mesmos votos são influenciados para votar nas cores do Governo", sublinhou.

De acordo com informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o CDS-PP conquaistou 5,76% dos votos e três deputados, sendo a terceira força política mais votada, seguido pelo JPP, com 5,47% e também três parlamentares.

A CDU conquistou um lugar, depois de alcançar 1,80% dos votos.

Mais nenhum partido conseguiu eleger deputados para a Assembleia Legislativa da Madeira, que tem um total de 47.

O PDR obteve 0,42% e foi a 14.ª força política mais votada, entre 17 listas concorrentes, com 603 votos.

A abstenção foi de 44,49%.

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