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Oposição ao Governo "a ver navios": "PSD está desaparecido em combate"

Luís Marques Mendes debruçou-se este domingo, no seu espaço de opinião política da SIC, sobre as intenções manifestadas por António Costa no âmbito dos salários e da contratação de pessoal para a administração pública, manifestado preocupação para com a inércia do PSD enquanto principal partido da oposição. O comentador deixou, ainda, uma palavra de elogio para a campanha de António Guterres ao serviço do ambiente.

Oposição ao Governo "a ver navios": "PSD está desaparecido em combate"

No entender de Luís Marques Mendes, a pretensão do Partido Socialista (PS) pela maioria absoluta voltou a abrir um fosso no país, na forma de privilégio para com a Função Pública, uma orientação que o social-democrata atribui ao “erro” que foi a lei das 35 horas de trabalho.

“Depois das eleições europeias o PS voltou a sonhar com uma maioria absoluta e está a fazer tudo por isso”, começou por dizer o comentador, este domingo, na antena da SIC. Marques Mendes refere-se a “iniciativa política”, “uma agenda nova para as legislativas” e uma vontade de “liderar todo o debate”, que encontra reflexo na apresentação, este fim de semana, das “bases de todo o programa eleitoral”.

Um dos principais alvos desta nova campanha é, disse o ex-secretário de Estado, a Função Pública. Recorde-se que, em entrevista ao Expresso, António Costa antecipou a possibilidade de "haver atualização anual dos vencimentos" e "preencher as inúmeras lacunas de contratação de pessoal na administração pública".

Porém, reforçou o comentador, “uma coisa é a iniciativa política, que é louvável, outra coisa é a substância”. “Uma vez mais, o PS divide o pais em dois, o país da Função Pública, que parece que tem tudo, e o país do setor privado, que é desprezado”, destacou o social-democrata.

Marques Mendes, ressalvando que é importante que se trate “com motivação e prestígio os funcionários públicos”, afirmou que “há, hoje em dia, uma situação claramente de favor para os funcionários públicos e de desprezo para o setor privado” e enumerou fatores como o horário de trabalho, o salário mínimo nacional ou a ADSE.

“Estas orientações são todas no sentido de mais e melhor no setor público e um desprezo pelo privado”, repetiu, sublinhando que se deve investir no setor público, “mas também se deve investir na melhoria das condições para a competitividade do setor privado”.

Criticando também o papel da oposição, que define como “a ver navios”, o social-democrata questionou porque é que o PS tomou esta posição. “Porque é que o PS faz isto? É finalmente, com três anos de atraso, vir reconhecer o erro que foi a lei das 35 horas, como todos nos sempre dissemos”.

O PSD, que devia estar a fazer oposição, está “desaparecido em combate”, sublinhou Marques Mendes, enfatizando que encara este panorama com preocupação. “Ninguém percebe o que se passa no PSD”, indicou. “Esse vazio pode ser preenchido por quem queira suceder a Rui Rio”, desafiou, 

António Guterres na capa da Time é "genial"

Marques Mendes considera “genial” a capa da revista Time, que é ilustrada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, numa edição dedicada às alterações climáticas. “É uma coisa genial. [...] Costuma-se dizer que uma fotografia vale mais que mil palavras, esta capa da Time vale por milhões de discursos porque é muito impressiva, muito assertiva, muito certeira, não deixa ninguém indiferente”.

O social-democrata afirmou que Guterres tem feito do combate às alterações climáticas “uma grande causa”. “É uma causa global, é urgente, é necessária e ele foi muitíssimo feliz”, afirmou.

Admitindo, “infelizmente”, que as Nações Unidas têm “um poder simbólico, de mensagem, de persuasão”, Marques Mendes reconhece o trabalho do secretário-geral: “Pode não mudar os comportamentos dos líderes mundiais mas tem um efeito, desperta as consciências”.

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