Começou "a primavera da cidadania" no Funchal
O presidente da Câmara do Funchal, Paulo Cafôfo, afirmou que hoje começa uma "nova estação na história" da cidade, pois é o início do que classificou de "a primavera da cidadania".
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Política Paulo Cafôfo
"Hoje é o primeiro dia de um novo tempo, de uma nova estação na história da cidade do Funchal. Hoje inicia-se a primavera da cidadania", declarou o novo responsável do município no discurso da tomada de posse, em que foi várias vezes ovacionado.
No final da cerimónia, algumas pessoas ainda entoaram a Grândola Vila Morena.
Num salão nobre dos Paços do Concelho repleto de pessoas, Paulo Cafôfo salientou a "vitória histórica" conseguida pela oposição nas eleições autárquicas, acrescentando que, "pela primeira vez, haverá outra orientação política a dirigir os destinos da capital da Região Autónoma da Madeira".
O autarca enalteceu "o trabalho e o contributo para a cidade dos autarcas que cessam funções", mas, sublinhou, este "é um momento histórico (...) marcado pela possibilidade de se mudar um modo de fazer política e de políticas para a cidade", um projeto que precisa da participação dos cidadãos.
Paulo Cafôfo realçou ser preciso "construir pontes para um efetivo desenvolvimento do Funchal", frisando que "todos estão obrigados a uma abertura democrática e a um diálogo construtivo, relevado pelo contexto político de existência de maiorias relativas em todos os órgãos".
"É a ocasião de construir-se uma sociedade inclusiva, democrática, solidária, mais livre e sem medo", vincou Paulo Cafôfo, renovando a sua "total disponibilidade de busca de consensos".
O autarca assegurou que vai "respeitar os compromissos assumidos" e defendeu "um comprometimento entre o equilíbrio financeiro e uma câmara que esteja ao serviço das pessoas".
Paulo Cafôfo perspetivou que o Funchal será "uma cidade bem gerida e governada, com um executivo independente, perante o Governo Regional, que assume a identidade e os interesses do Funchal, administrada numa lógica de transparência, rigor e de proximidade".
"Temos muito mais do que um programa: temos uma visão. A nossa visão é o Funchal 2020, a melhor cidade portuguesa para se viver", realçou, salientando que no atual contexto de dificuldades será necessário "definir prioridades, planear e executar" para alcançar esse objetivo.
"Necessitamos de tempo e de todos (...). Não abdicamos do inconformismo, não perdemos o sonho e não esquecemos as pessoas", concluiu o presidente da câmara do Funchal.
Paulo Cafôfo, de 42 anos, encabeçou a candidatura da coligação 'Mudança', lidera pelo PS e apoiada pelo BE, MPT, PTP, PAN, PND, na qualidade de independente.
Cafôfo retirou a maioria absoluta que o PSD detinha desde sempre neste município e vai substituir o social-democrata Miguel Albuquerque, que presidiu à mais importante câmara do arquipélago durante 19 anos.
A coligação 'Mudança' obteve no Funchal 39,98 por cento dos votos e elegeu cinco vereadores, enquanto o PSD com 32,62 por cento viu reduzida a sua representatividade de sete para quatro elementos. O CDS e a CDU mantiveram o mandato que detinham.
Na tomada de posse marcaram presença os líderes nacionais do PS e do BE, António José Seguro e João Semedo, respetivamente, bem como os vice-presidentes da Assembleia Legislativa e do Governo da Madeira, Miguel Sousa e João Cunha e Silva, representando estes órgãos de governo próprio da Região.
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