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Portugal deve "tudo fazer" para UE defender eleições livres na Venezuela

O presidente do PSD defendeu hoje que Portugal "tudo deve fazer" para que a posição da União Europeia sobre a Venezuela seja a realização de "eleições livres devidamente fiscalizadas e substituir o atual Presidente da República".

Portugal deve "tudo fazer" para UE defender eleições livres na Venezuela
Notícias ao Minuto

15:37 - 28/01/19 por Lusa

Política Rui Rio

"Desde o primeiro dia dissemos que Portugal deve acompanhar a posição da União Europia e que tudo deve fazer para que, no seio da União Europeia, a posição seja obrigar a Venezuela a ter eleições livres devidamente fiscalizadas", afirmou Rui Rio, em declarações aos jornalistas após uma reunião com a Associação de Jovens Agricultores de Portugal, no Porto.

De acordo com Rui Rio, as eleições levarão a "substituir o atual Presidente da República que, pressupõe-se, em eleições livres não seria eleito".

A porta-voz do Serviço Europeu de Ação Externa disse hoje não ver qualquer incompatibilidade entre a posição de Estados-membros como Espanha e Portugal, favoráveis a reconhecer Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela, e a da União Europeia.

Instada a pronunciar-se sobre as diferenças existentes entre a posição de Portugal, Espanha, França, Alemanha e Reino Unido, que no sábado estabeleceram um prazo de oito dias para Nicolás Maduro convocar eleições, prazo findo o qual reconhecerão Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela, e a da UE, que não indicou nenhuma data concreta para o fazer, Maja Kocijancic disse não encontrar qualquer incompatibilidade.

"A nossa declaração aponta no sentido de eleições livres e especifica que, na ausência das garantias requeridas nos próximos dias, nós, enquanto UE, vamos tomar medidas adicionais, incluindo no reconhecimento da liderança do país em linha com o artigo 233.º da Constituição da Venezuela. Por outras palavras, não vejo diferença, ou melhor, não vejo incompatibilidades. Esta é a posição comum dos 28", sustentou.

No sábado, num comunicado que expressava a posição do bloco comunitário face à situação na Venezuela, a chefe da diplomacia europeia advertiu que a Uniõ Europeia tomará "novas medidas", incluindo o reconhecimento da liderança do país, se não forem convocadas eleições na Venezuela "nos próximos dias", sem apontar uma data específica para a conclusão do prazo.

Juan Gaidó tornou-se o rosto da oposição venezuelana ao assumir, em 03 de janeiro, a presidência da Assembleia Nacional, única instituição à margem do regime vigente no país.

Nicolás Maduro iniciou em 10 de janeiro o seu segundo mandato de seis anos como Presidente da Venezuela, após uma vitória eleitoral cuja legitimidade não foi reconhecida nem pela oposição, nem pela comunidade internacional.

Os Estados Unidos, o Canadá, a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Brasil, a Colômbia, o Peru, o Paraguai, o Equador, o Chile e a Costa Rica reconheceram hoje Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela.

México e a Bolívia anunciaram que se mantêm ao lado de Nicolás Maduro.

A Venezuela enfrenta uma grave crise política e económica que levou 2,3 milhões de pessoas a fugir do país desde 2015, segundo dados da ONU.

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