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Louçã diz que convite a Bolsonaro deixa Belém com "coração nas mãos"

O fundador do Bloco de Esquerda acusa Marcelo Rebelo de Sousa de ter sido imprudente ao convidar o Presidente do Brasil para vir a Portugal.

Louçã diz que convite a Bolsonaro deixa Belém com "coração nas mãos"

Francisco Louçã comentou, na noite desta sexta-feira, no seu espaço semanal na SIC Notícias, a presença de Marcelo Rebelo de Sousa na tomada de posse de Jair Bolsonaro, na passada terça-feira, dia 1 de janeiro.

Para o fundador do Bloco de Esquerda foi uma surpresa o Presidente da República ter escolhido estar presente na tomada de posse do novo Presidente do Brasil pelos ideais que este defende e porque Marcelo Rebelo de Sousa foi o único Chefe de Estado europeu presente na cerimónia (e o único Chefe de Governo foi Viktor Orbán, da Hungria).

Contudo, Louçã diz que compreende a escolha do Presidente da República que “quis dar um sinal especial” ao estar presente na tomada de posse. O que o bloquista não compreende é o convite de Marcelo a Bolsonaro para este visitar Portugal no próximo ano.

“Não percebo porque é que [Marcelo] convidou Bolsonaro, é totalmente imprudente e a diplomacia não pode ser imprudente. Imagine que Bolsonaro faz aquilo que disse na campanha […]. Foi um convite tão precipitado que não diz bem nem da diplomacia portuguesa e nem da decisão do Chefe de Estado”, esclarece.

Francisco Louçã vai mesmo mais longe. Diz que este convite “tão prematuro” deixou Belém com o “coração nas mãos”.

“Talvez Marcelo tivesse razões para fazer esse convite um dia, mas fazê-lo agora é hipotecar um ano em que o Palácio de Belém e o Palácio das Necessidades vão andar com o coração nas mãos à espera de saber o que é que o convidado irmão vai fazer e pode fazer muita coisa”, explica.

O antigo líder do Bloco de Esquerda garante ainda que a visita Marcelo Rebelo de Sousa ao Brasil passou “totalmente despercebida”.

“ [Marcelo] foi desprezado pela diplomacia brasileira, foi tratado como uma visita de um parente que se ignora, teve uma conversa de 20 minutos com Bolsonaro. Na imprensa brasileira não há nenhuma referência à presença de Marcelo, portanto, se o Presidente queria ter um peso grande na conversa de pé de orelha com Bolsonaro falhou, se isto era para engrandecer a relação com Portugal, falhou. E pior, abriu a porta para um convite que é desastrado”, conclui Francisco Louçã.

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