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“O Governo e o PS não fazem tudo para que o Orçamento seja aprovado”

O atual presidente do PS recusa que o Orçamento de Estado de 2019 seja eleitoralista.

“O Governo e o PS não fazem tudo para que o Orçamento seja aprovado”
Notícias ao Minuto

22:38 - 02/10/18 por Natacha Nunes Costa

Política Carlos César

Depois da entrevista de António Costa, na noite de segunda-feira, à TVI, foram muitas as vozes que se ergueram para acusar o primeiro-ministro de excesso de confiança nas declarações e de ter um Orçamento de Estado eleitoralista, preparado em especial para o último ano de mandato.

Acusações estas que Carlos César fez questão de refutar, no confronto das terças-feiras, entre o próprio e Pedro Santana Lopes, na SIC Notícias.

“Nós não fazemos tudo para ter o apoio dos parceiros políticos. O Governo e o Partido Socialista não fazem tudo para que o Orçamento seja aprovado. Fazemos aquilo que achamos ser razoável e sustentável do ponto de vista do país, do ponto de vista da sua política orçamental e compatível com o nosso programa de Governo”, frisou, recordando algumas das propostas feitas pelo PCP e Bloco a que o Executivo não deu aval.

“O Governo e o Partido Socialista têm a honestidade e a coragem de colocar na mesa todas as questões. Vêm as taxas sobre o imobiliário e nós dizemos: Não! Vêm as propostas que põem em causa o equilíbrio orçamental, nós dizemos: Não!”, garantiu.

Já Pedro Santana Lopes não concorda com o presidente do PS neste aspeto. O fundador do partido Aliança, diz que o Orçamento de Estado de 2019 passou por um “processo de maturação que coincide sempre com anos eleitorais, como baixar o IRS e aumentar as pensões”.

Quanto à postura do primeiro-ministro durante a entrevista, Santana Lopes diz que António Costa pareceu “confiante, muito confiante” e criticou as declarações do líder do Governo quanto às greves.

“É evidente que a um primeiro-ministro [as greves] não afetam, afetam quem anda no seu dia-a-dia. Portanto essa parte das suas declarações não me pareceu tão bem, assumindo até um estado de espírito com alguma sobranceria, no resto pareceu-me uma entrevista calma e serena, de alguém que está confiante”, disse, lembrando que Costa desvalorizou as recorrentes greves ao dizer que estas faziam parte de um Estado democrático.

Em defesa do líder do Governo, Carlos César negou qualquer tipo de “sobranceria” e disse que António Costa mostrou ser “um político tranquilo, consciente dos bons resultados que o Governo tem tido ao longo destes três anos e seguro quanto ao desfecho negocial daquele que é um momento essencial da legislatura que é a aprovação da última proposta do OE”.

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