Ferrovia. “Depois de muita conversa fiada caiu a máscara" ao Governo
Teresa Morais acusa Governo de desinvestimento na ferrovia. "Começam por reduzir o número de comboios e deixam cair os investimentos que estavam programados há anos”, critica.
© Teresa Morais
Política Teresa Morais
As perturbações nas linhas da CP e o desinvestimento na ferrovia tem estado na ordem do dia e na agenda de vários partidos, tendo Nuno Melo, do CDS, acusado o Governo de "desbaratar dinheiro a pensar já nas próximas eleições" e de deixar degradar "serviços essenciais" como o do setor dos transportes.
A social-democrata Teresa Morais comenta, esta quinta-feira, o panorama da ferrovia em Portugal, atirando que “depois de muita conversa fiada caiu a máscara!”.
“O desinvestimento na ferrovia por parte deste governo é hoje uma evidência. Começam por reduzir o número de comboios e deixam cair os investimentos que estavam programados há anos”, escreve a deputada, referindo-se depois diretamente ao ministro Pedro Marques acusando-o de uma retórica “balofa” e de negar o que toda a gente vê. “Na linha do Oeste é o desastre total”, acrescenta.
Com ironia, Teresa Morais termina: “E teria graça, se não fosse ridículo, ver os deputados socialistas a participarem em ações de defesa da ferrovia, contra o seu próprio governo! Quem é que esta gente pensa que engana?”.
Questionado ontem pelos jornalistas, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, reconheceu a existência de "perturbações" em algumas linhas da CP e avançou que, no caso da Linha de Cascais, os horários a suprimir no verão serão repostos no início de setembro.
O governante explicou que as perturbações nas linhas que ainda estão a funcionar a diesel estão relacionadas com o desgaste do material circulante, estando previsto o aluguer de mais material circulante a diesel e, no futuro, a aquisição de material bimodo, que serve tanto para as linhas eletrificadas como para as linhas a diesel.
"Estamos a fazer do lado das infraestruturas aquilo que podemos fazer com fundos comunitários e estamos a fazer com recurso ao Orçamento do Estado o que se pode fazer do lado da CP", referiu.
Contudo, segundo Pedro Marques, não é possível "resolver de um dia para o outro, ou de um ano para o outro, décadas de abandono, nomeadamente na aquisição de material circulante".
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