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Bloco: Governo alterou unilateralmente acordo fechado sobre precariedade

A coordenadora do BE acusou hoje o Governo de ter alterado unilateralmente "o acordo fechado" com bloquistas e anular "boa parte" do efeito das medidas de combate à precariedade com a proposta apresentada à Concertação Social sobre legislação laboral.

Bloco: Governo alterou unilateralmente acordo fechado sobre precariedade
Notícias ao Minuto

19:21 - 05/06/18 por Lusa

Política Catarina Martins

"O senhor primeiro-ministro pode compreender a surpresa do Bloco ao conhecer a proposta do governo à Concertação Social. Negociámos as medidas e, depois do acordo fechado, o Governo alterou-o unilateralmente para fazer uma proposta ao patronato que anula boa parte do efeito das mudanças negociadas para combater à precariedade", criticou Catarina Martins, durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro, no parlamento.

A coordenadora bloquista questionou António Costa sobre o porquê de o Governo nunca ter apresentado "à esquerda a intenção de alargar o período experimental, contradizendo as limitações aos contratos a prazo".

Na resposta, o primeiro-ministro considerou que não se pode confundir período experimental e contrato a prazo.

"Contrato a prazo é um contrato por natureza precário. O período experimental é uma fase de um contrato sem termo, ou seja, um contrato não precário e que já existia, onde aliás integramos o período de estágio que até agora não contava e que passou a contar e que cria melhores condições para a empregabilidade", explicou.

Segundo António Costa, "grande parte dos contratos a prazo eram falsos contratos a prazo" e "haver um período experimental, que aliás incorpora o período de estágio, só reforça as garantias de haver mais emprego, emprego mais estável, de contratos sem termo".

Catarina Martins quis ainda saber "para que servem as inúmeras exceções à taxa da rotatividade que foi acordada" e "quanto pensa o governo que a medida vale agora", recordando que "Mário Centeno [ministro das Finanças] previa que a medida gerasse uma receita anual de 350 milhões de euros".

"O nosso objetivo com a taxa de rotatividade não é angariar receita. É criar um desincentivo para que as entidades patronais abusem relativamente à contratação", explicou António Costa.

A líder bloquista ficou sem resposta à pergunta relativa à integração dos precários nas empresas públicas, cujo prazo terminava no dia 31 de maio.

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