"Parabéns, Trump. Por (mais de) 50 mortos". Políticos reagem a massacre
O dia de ontem, segunda-feira, ficou marcado por um clima de contraste no Médio Oriente. Festa de um lado, matança do outro.
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Política Médio Oriente
O dia de ontem ficou marcado pela morte de mais de meia centena de palestinianos em Gaza e pela “festa” em Israel, que celebrou o 70º. aniversário da criação do estado e inaugurou a embaixada dos EUA em Jerusalém.
Certo é que, apesar de não ter sido feita praticamente qualquer referência ao que se passava em Gaza, o dia de ontem acabaria por se transformar no dia com mais mortes e mais violência transfronteiriça, desde a guerra em 2014 entre Israel e o Hamas.
O terrível contraste entre o ambiente de festa e de celebração, de um lado, e a matança de palestianianos às mãos do exército israelita, do outro, originou uma onda de críticas a nível mundial.
Por cá, políticos como Isabel Moreira, do PS, Mariana Mortágua, Joana Mortágua, do Bloco de Esquerda, e Moisés Ferreira, do mesmo partido, foram algumas das vozes que se levantaram para apontar o dedo a Donald Trump pela violência e clima longe da paz no Médio Oriente.
“Parabéns, Trump. Por 50 mortos e 2.500 feridos”, começa por dizer Isabel Moreira, com ironia. Concretizando de seguida: “Por seres um criminoso. Por tornares cada vez mais impossível a tão difícil paz naquela região acerca da qual não sabes nada”. “Este dia é o princípio de uma longa catástrofe. Deves estar feliz, coisa miserável”, remata. A deputada diz ainda, numa outra publicação, estar farta da "conivência com o governo de Israel por parte de gente de mais no Parlamento português".
Mariana Mortágua, por seu turno, comenta: “52 pessoas assassinadas para a Ivanka Trump tirar uma selfie com Benjamin Netanyahu”.
A sua irmã, Joana Mortágua, acusa o presidente dos Estados Unidos de ser um “delinquente internacional”. “Perseguem todos os terroristas deste mundo mas deixam o Trump à solta a matar dezenas de pessoas por um capricho”, lamenta.
“Os EUA lançaram a provocação e Israel lançou o massacre. Dizem que é dia de festa!”, reage o deputado Moisés Ferreira.
Trump, sublinhe-se, afirmou que reconhecer Jerusalém como capital de Israel é admitir a realidade de o governo israelita estar ali localizado e a ligação antiga dos judeus à cidade. Insistiu que a decisão não tem impacto nas futuras negociações sobre as fronteiras finais da cidade.
"Que dia glorioso. Recordem este momento. Isto é história", disse, por sua vez, Netanyahu, durante a cerimónia de inauguração.
"Só se pode construir a paz baseada na verdade e a verdade é que Jerusalém tem sido e sempre será a capital do povo judeu, a capital do Estado judaico", acrescentou o primeiro-ministro israelita.
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