Movimento Anti-Nuclear: ANPC dá mais atenção aos problemas radiológicos
O Movimento Ibérico Anti-Nuclear (MIA) considerou hoje que a Proteção Civil já presta "mais atenção" aos problemas radiológicos, apesar de ainda estar "muito embrionária" a definição de um plano de prevenção num eventual acidente nuclear.
© Reuters
País Ibérico
Uma delegação do MIA esteve hoje reunida, a seu pedido, com o diretor dos Serviços de Risco e Planeamento da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) para analisar aquilo que está a ser feito para fazer face a um eventual acidente industrial e radiológico.
"Foi uma reunião extremamente positiva. Da parte da ANPC verificamos que há, neste momento, uma maior atenção aos problemas radiológicos", disse à agência Lusa António Eloy, coordenador do MIA em Portugal.
António Eloy destacou que a ANPC já começou a trabalhar sobre a proteção radiológica em Portugal, estando atualmente "em alerta para este tema".
No entanto, sublinhou que a criação de um plano de prevenção face a um eventual acidente nuclear "ainda está muito embrionária", mas a ANPC não está fechada a essa hipótese.
O mesmo responsável disse também que a Proteção Civil se mostrou recetiva à realização de um simulacro nacional sobre um acidente industrial na central nuclear espanhola de Almaraz, situada a cerca de 100 quilómetros da fronteira com Portugal.
"Achamos que é útil que a população portuguesa seja involucrada na sua própria proteção face aquilo que poderá ocorrer em caso de um acidente industrial grave em Almaraz", afirmou.
António Eloy frisou ainda que a ANPC já está a fazer formação, envolvendo os corpos de bombeiros e agentes municipais de proteção civil.
Nesse sentido, o MIA disponibilizou-se para colaborar nessas ações de formação e na distribuição de folhetos com vista "a aumentar o esclarecimento da população e a sua capacidade de defesa face a um hipotético acidente radiológico", não só em Almaraz, mas também à possível criação da mina de urânio de Retortillo, em Salamanca.
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