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Rixa menor entre presos do EP de Lisboa. "Se tivesse sido noutra prisão"
O pequeno incidente põe a nu a alteração na dinâmica da cadeia com os novos horários implementados pela Direção-Geral dos Serviços Prisionais, mas também reflete a diminuição no número de guardas prisionais.
© iStock
País Incidente
Um pequeno incidente entre reclusos de alas diferentes, durante o período de visitas no Estabelecimento Prisional de Lisboa, podia ter tido consequências mais graves este sábado. Esse só não foi o caso porque, na altura do desentendimento entre os dois reclusos, um guarda encontrava-se por perto, mas "por acaso", como afirmou Jorge Alves, presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, ao Notícias ao Minuto.
Como Jorge Alves explicou, o novo horário dos guardas prisionais imposto pela Direção-Geral dos Serviços Prisionais, está a provocar uma “alteração na dinâmica da cadeia” e consequentemente na dinâmica dos próprios reclusos.
“Os reclusos têm menos horários de visitas, juntam reclusos de alas diferentes e são mais pessoas”, de alas que antes não recebiam as visitas em conjunto. Foi isso que aconteceu este sábado. Juntaram reclusos da ala E e da ala F do Estabelecimento Prisional de Lisboa para o horário de visitas e dois reclusos de alas diferentes desentenderam-se num dos dois parlatórios desta prisão.
Naquela altura não havia nenhum guarda nos parlatórios a acompanhar o horário de visita dos reclusos. Por mero acaso, um guarda foi ao parlatório para falar com uma mulher que se encontrava sozinha naquele local.
Foi nesta altura que os reclusos se desentenderam. O guarda conseguiu evitar males maiores. “Não foi nada de mais”, diz Jorge Alves. Mas podia ter sido pior: “Se tivesse sido noutra prisão...”.
O responsável Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional critica a Direção-Geral dos Serviços Prisionais. “Não quer admitir que falhou no horário dos guardas. Não é o melhor horário. Está a mudar a dinâmica das cadeias. Falta de guardas e horário inventado”, refere.
Jorge Alves diz ainda que, no horário de visitas naquela prisão, deveriam estar “seis guardas em cada um dos parlatórios”, tendo em conta o número de reclusos e de visitas.
Convém recordar que em fevereiro, o Estabelecimento Prisional de Lisboa foi palco de uma rebelião dos reclusos.
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