Aberto inquérito para investigar descarga de hidrocarbonetos em praias
O Ministério Público abriu um inquérito para investigar a descarga de hidrocarbonetos ocorrida há três semanas em duas praias de Peniche, que ficaram interditadas, tendo sido a interdição hoje levantada na do Porto da Areia Norte.
© Global Imagens
País Peniche
Fonte judicial disse hoje à agência Lusa que o inquérito foi aberto logo no dia 06 de julho, dia em que ocorreu a descarga de hidrocarbonetos, tendo o Ministério Público encarregado a Polícia Marítima da investigação.
A Capitania de Peniche levantou hoje a interdição de acesso e de todos os usos na praia do Porto da Areia Norte, mas manteve-a na do Abalo, informou aquela entidade em edital.
"As análises vieram a demonstrar que ainda existe uma percentagem de hidrocarbonetos na praia do Abalo", justificou à agência Lusa o capitão do Porto, Marco Augusto, adiantando que a empresa infratora vai realizar novas análises até ao final desta semana.
A decisão foi tomada depois de obter os pareceres da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e da Autoridade de Saúde Pública às análises efetuadas às águas e areias das duas praias, onde nas últimas semanas se avistavam manchas de crude no mar ou na areia.
A Polícia Marítima identificou a fonte poluidora, uma empresa fabril que labora nas imediações, na zona industrial de Peniche, a Plastimar, onde houve uma rutura do sistema de abastecimento de uma caldeira que terá provocado o derrame, que poluiu não só a areia, mas também as águas marítimas.
Nessa sequência, foram feitas diligências no sentido de a empresa proceder ao controlo do derrame e proceder a ações de limpeza das duas praias.
O responsável estimou que foram recolhidas pelo menos 6,5 toneladas de areia, contendo hidrocarbonetos.
As ações de limpeza foram acompanhadas pela Câmara Municipal de Peniche, pela Agência Portuguesa do Ambiente e pela Autoridade Marítima.
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