"Eles não conseguiram inventar nada de suficientemente sólido"
Sócrates encontra-se desde ontem em prisão domiciliária com vigilância policial.
© Global Imagens
País João Araújo
“O meu cliente não fez nada daquilo que andam a dizer que ele fez”, assegurou, em entrevista à SIC, o advogado de José Sócrates.
Entrevistado no ‘Jornal da Noite’, João Araújo deixou claro qual o seu entender sobre a decisão de colocar o antigo primeiro-ministro em prisão domiciliária: “Este movimento de ontem, que não é uma libertação, significa que o Ministério Público entende necessário começar a libertar José Sócrates”.
O causídico insistiu uma vez mais na questão que considera fundamental: “Porque é que se prende um cidadão e se deixa preso durante nove meses e não se lhe comunicam os factos e provas nem se deduz uma acusação?”.
Na sua perspetiva, “eles [a acusação] não conseguiram até agora inventar nada de suficientemente sólido. Há uma congeminação absolutamente delirante e ignara. Mergulharam nos mistérios do direito urbanístico. Confundiram planos de urbanização, planos de pormenor e planos diretores municipais. Misturaram tudo aquilo e tiveram uma ideia brilhante”.
João Araújo acusou ainda “os juízes de levar a sua experiência pessoal e as suas opiniões para o processo” e frisou que “factos do crime até agora não há”. Quanto ao processo, disse conhecer apenas “10%”, já que este está “reservado ao Ministério Público, a amigos e curiosos. Aos advogados não foi confiado tanto segredo”.
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