A APCP reuniu-se na quinta-feira com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, para pedir medidas urgentes e mais recursos para milhares de utentes que continuam sem resposta neste tipo de cuidados, destacando os cuidados pediátricos.
Com cerca de 8.000 crianças a precisar de cuidados, existe apenas uma equipa pediátrica de apoio domiciliário, em Coimbra, "com recursos humanos insuficientes", e não havendo no Alentejo e Algarve qualquer tipo de resposta em cuidados pediátricos paliativos, segundo a APCP, que diz ser urgente criar equipas domiciliárias hospitalares pediátricas.
A associação apontou ainda que estão por criar metade das equipas comunitárias de suporte em cuidados paliativos previstas e as que existem "estão subdimensionadas e sem os rácios mínimos para funcionar em pleno", sendo também necessário um apoio telefónico permanente para doentes e famílias.
A APCP pediu ainda à ministra a criação de uma carreira de Medicina Paliativa; a nomeação urgente de uma nova Comissão Nacional de Cuidados Paliativos, que está sem substituição desde dezembro de 2023, quando a anterior cessou o mandato; e a publicação de um novo Plano Estratégico de Cuidados Paliativos, "com cronogramas definidos e metas claras".
Sobre as estruturas de cuidados paliativos, a associação refere a necessidade de criação de Unidades de Cuidados Paliativos na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), apelando a uma maior integração entre esta, a Rede Nacional de Cuidados Paliativos e os cuidados de saúde primários.
Leia Também: Falta de condições de médicos dificulta prestação de cuidados paliativos