Um homem de origem portuguesa terá, alegadamente, matado à facada um conterrâneo português, na pequena localidade de Fourques-sur-Garonne, perto de Marmande, França, ao final da tarde da passada quarta-feira, 20 de agosto, revelam vários meios de comunicação social franceses.
Segundo o Sud Ouest, tanto a vítima, que se chamava Paolo e tinha 48 anos, como o suspeito, José, de 52, são "origem portuguesa" e moravam em Marmande.
De acordo com as primeiras conclusões da investigação, revela o mesmo jornal, a tragédia ocorreu após uma discussão entre o suspeito e a vítima.
José foi detido pelas autoridades pouco depois, numa mercearia de Fourques-sur-Garonne, a cerca de um quilómetro do local do crime. Tinha acabado de comprar cerveja.
Na quinta-feira, 21 de agosto, um dia após o homicídio, o português foi presente a juiz, para primeiro interrogatório judicial, ficando sujeito à medida mais gravosa, a de prisão preventiva. De acordo com o Actu, José não assumiu o crime, apesar de, num primeiro momento ter dito à frente de várias testemunhas que "pegou na faca e matou" Paolo.
O caso continua agora a ser investigado pelas autoridades.
"Discussão violenta intensificada pelo álcool"
Segundo o Actu, muito provavelmente a tragédia ocorreu depois de uma "discussão violenta, intensificada pelo álcool", que se transformou numa briga.
Tudo terá acontecido por volta das 18 horas locais, mais uma hora do que em Portugal Continental. O suposto agressor, que morava numa carrinha estacionada num terreno de Fourques-sur-Garonne, ter-se-á dirigido a casa de Paolo, localizada na cidade francesa, para o confrontar. Ambos já se conheciam e teriam mesmo "um histórico de desavenças". Porém, o motivo destas discussões continua a ser desconhecido.
Ao mesmo jornal, o autarca de Fourques-sur-Garonne, Jacques Bilirit, revelou que via José regularmente na cidade e que este "nunca causou problemas, que se saiba". "É uma verdadeira tragédia que terminou com a morte de alguém. Isso demonstra a violência que existe, atualmente, na sociedade", disse ainda.
José vai agora aguardar julgamento pelo crime de homicídio em prisão preventiva.
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