Depois de Alvite, foi registado outro redemoinho de fogo na Covilhã. Veja

Este fenómeno, também conhecido como turbilhão de fogo, foi captado no incêndio da Covilhã, na tarde desta segunda-feira, mais especificamente perto da aldeia do Casal de Santa Teresinha. Veja o vídeo e entenda do que se trata.

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© Reprodução Instagram 'Soldados da Paz'

Notícias ao Minuto com Lusa
11/08/2025 22:46 ‧ há 1 hora por Notícias ao Minuto com Lusa

País

Incêndios

Depois das imagens impressionantes captadas durante um incêndio em Alvite, Moimenta da Beira, no distrito de Viseu, no último fim de semana, foi agora registado um novo redemoinho de fogo na Covilhã, distrito de Castelo Branco. 

 

A conhecida página de apoio aos bombeiros 'Soldados da Paz' partilhou um vídeo que mostra "imagens impressionantes do tornado de fogo", que foi registado esta tarde. O vídeo foi captado, especificamente na aldeia do Casal de Santa Teresinha (e pode vê-lo na ligação mais abaixo).

No fim de semana, recorde-se, foi gravado um fenómeno semelhante no incêndio de Alvite, Moimenta da Beira, que inicialmente também foi descrito como um 'tornado de fogo'. Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em causa está um redemoinho de fogo, também conhecido como turbilhão de fogo. Na origem estão altas temperaturas e ventos à superfície e poderá ser um fenómeno com repetição.

"Não classificamos como tornado, a definição mais específica tem a ver com a estrutura da coluna do vórtice e a sua génese. Aquilo que visualizei foi um turbilhão de fogo, um redemoinho de fogo", explicou à agência Lusa Paulo Narciso, do IPMA.

De acordo com o responsável da Divisão de Meteorologia de Radar, que estuda os pedidos de ocorrência de tornados, este tipo de fenómeno, com uma duração muito curta, cerca de 20 segundos, pode acontecer mais vezes do que o número de registos.

"Nos fogos florestais existem condições potenciadas pelo próprio incêndio para a ocorrência deste tipo de redemoinhos de fogo já que existe um sobreaquecimento", disse Paulo Narciso, adiantando que poderá falar-se "na ordem dos mil graus" de temperatura.

O responsável reconhece que são criados então "aquecimentos diferenciados de temperatura que provocam correntes fortes ascendentes, onde acontece uma mudança brusca de vento".

Ou seja, "vemos este tipo de fenómeno, porque vemos a matéria que é transportada, as chamas, as poeiras, os detritos", disse Paulo Narciso, considerando que podem existir mais fenómenos do género, "mas podem ser difíceis de detetar porque já não está em chamas".

No caso deste redemoinho em Alvite, "foi visível à noite pois o contraste é evidente, a corrente ascendente, com um vórtice de pequena dimensão", uma coluna de ar semelhante a um tornado, mas que não o é, explicou.

Segundo o responsável, o facto de ter sido gravado dá conta da sua existência e a situação de risco para poder ser mais estudado obriga à proximidade do fogo, pelo que, reconhece, "a perigosidade é grande, além de que o tempo de vida do fenómeno é curta".

Paulo Narciso deu ainda conta de que fenómenos deste género já tinham acontecido nos grandes incêndios de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, em 2017.

Em Alvite, testemunhou-se

Em Alvite, testemunhou-se "um redemoinho de fogo". As explicações do IPMA

Um redemoinho de fogo, também conhecido como turbilhão de fogo, testemunhado durante o incêndio de Alvite, Moimenta da Beira, no distrito de Viseu, deveu-se às altas temperaturas e ventos à superfície e poderá ser um fenómeno com repetição.

Lusa | 16:13 - 11/08/2025

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