Três adultos, dois homens e uma mulher, e as três crianças mais pequenas, vão ser instaladas hoje nestes centros.
O encaminhamento dos restantes migrantes vai decorrer na terça-feira e nos próximos dias, detalhou à Lusa a capitão Joana Machado, oficial de relações públicas da Unidade de Controlo Costeiro e de Fronteiras (UCCF) da GNR.
"Tendo em conta que ainda são 37, pois um está internado, temos que agilizar [o processo] tendo em conta os recursos humanos e logísticos", frisou.
"Demos prioridade aos indivíduos com ligações familiares, com menores", sublinhou, acrescentando que está a haver coordenação com a PSP sobre as vagas nos CIT e o encaminhamento dos migrantes.
Estes centros de instalação, geridos pela PSP, são espaços de acolhimento temporário para estrangeiros sujeitos a medidas de afastamento coercivo do país, podendo também alojar estrangeiros que aguardam a integração em centros de acolhimento ou a decisão sobre o pedido de proteção internacional.
A data limite para os migrantes permanecerem nestes centros são 60 dias e todo o processo de afastamento de Portugal tem que ser acompanhado por elementos da PSP.
O Serviço de Proteção Civil da Câmara Municipal de Vila do Bispo disponibilizou temporariamente um pavilhão desportivo em Sagres para acolher os migrantes.
A presidente da Câmara de Vila do Bispo, Rute Silva, criticou a falta de resposta das autoridades e do Governo sobre o futuro alojamento migrantes.
No sábado, o Tribunal decretou a acomodação dos migrantes em centro de instalação temporária, até estar concluído o processo de retorno ao país de origem, o que poderá ser feito de forma voluntária ou coerciva.
Os 38 migrantes, 25 homens, seis mulheres e sete menores, são todos marroquinos.
O desembarque dos 38 migrantes na praia da Boca do Rio, no concelho de Vila do Bispo, distrito de Faro, levou a Marinha Portuguesa e a Autoridade Marítima Nacional a reforçarem desde sábado a vigilância na costa do Algarve.
Leia Também: Migrantes ouvidos hoje no Algarve também terão de deixar Portugal