Uma mulher de 61 anos foi constituída arguida, no dia 1 de julho, por ter simulado um furto na sua própria habitação, no concelho do Fundão.
A suspeita denunciou junto das autoridades que um vidro das traseiras da sua habitação tinha sido partido. Assegurou, além disso, que lhe tinham sido furtadas “diversas peças de ouro e dinheiro”, o que motivou uma investigação por parte da Guarda Nacional Republicana (GNR), de acordo com um comunicado da força de segurança remetido esta segunda-feira às redações.
“No decorrer das diligências, foi possível apurar que os factos descritos não correspondiam à realidade, tendo sido recolhidos indícios que permitiram concluir tratar-se de uma simulação de furto por parte da proprietária da residência, por motivos financeiros”, adiantaram as autoridades, na missiva em questão.
A GNR apreendeu diversos artigos em ouro, assim como um total de 12.848 euros.
A mulher foi constituída arguida e os factos foram remetidos ao Tribunal Judicial do Fundão.
Esta foi uma ação do Comando Territorial de Castelo Branco, através do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) do Fundão.
Saliente-se que, nos últimos cinco anos, a Polícia de Segurança Pública (PSP) deu conta de mais de 38 mil furtos a casas em Portugal. Neste período, as autoridades detiveram ainda 696 pessoas, de acordo com dados divulgados na quarta-feira, a propósito da 7.ª edição do European Focus Day on Domestic Burglaries (Dia Europeu dedicado aos roubos domésticos).
Esta força de segurança realçou que, desde 2000, registaram-se em média 21 furtos diários a habitações em Portugal, a maioria dos quais com arrombamento, escalamento ou uso de chaves falsas (20.234). Em 9.320 dos casos, os assaltantes recorreram a outros métodos, enquanto em 9.273 os furtos ocorreram em áreas anexas a residências, como garagens, anexos ou logradouros.
No ano passado, a PSP registou 295 ocorrências de furtos com violência grave ou ameaça a pessoas.
Já em 2023, as autoridades tiveram conhecimento de 293 assaltos, número abaixo do registado não só em 2020, mas também em 2021. Significa isto que há "uma tendência de descida ao longo dos anos", segundo apontou o gabinete de imprensa da Direção Nacional da PSP.
As autoridades frisaram ainda que já está a decorrer o programa Verão Seguro - Chave Direta, que tem por base a prevenção e o reforço da segurança das residências, particularmente quando as pessoas se ausentam por longos períodos de tempo.
A PSP recordou, por isso, que os cidadãos podem comunicar a sua ausência na esquadra da sua área de residência ou através do site https://veraoseguro.mai.gov.pt/Pages/Home.aspx, o que significa que os domicílios serão objeto de especial atenção por parte das autoridades.
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