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Ministra visita hospital destruído. "Seguramente, terá de ser um novo"

Ana Paula Martins está em Ponta Delgada após o incêndio que, no sábado, deflagrou no hospital local. Nuno Melo contactou José Manuel Bolieiro para disponibilizar um hospital de campanha.

Ministra visita hospital destruído. "Seguramente, terá de ser um novo"
Notícias ao Minuto

14:39 - 06/05/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

País Açores

Após o incêndio que deflagrou no sábado no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, nos Açores, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, e o presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, visitaram - esta tarde - o local. 

"Não há palavras para agradecer a generosidade e a capacidade e a competência reveladas para a reação imediata. Por todos. Sem exceção", começou por indicar Bolieiro aos jornalistas, salientando ainda que se tratou de uma situação "inesperada" em que "todos" os doentes acabaram por ser retirados da unidade de saúde. 

"Uma ação sem qualquer consequência trágica para nenhum dos doentes", frisou ainda o presidente do Governo Regional, dando uma "palavra de tranquilidade" aos familiares: "Estamos a fazer tudo como fizemos até agora para que não haja qualquer incidente". 

Bolieiro revelou também que o ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, "tomou a iniciativa de o contactar" para "disponibilizar, da parte das Forças Armadas, um hospital de campanha que possa aqui já ser instalado" para dar resposta.

"Vamos fazer o levantamento das necessidades", sendo que "amanhã é compromisso do Conselho de Administração dar as informações" para depois transmitir ao ministro da Defesa Nacional e avaliar os passos seguintes.

Hospital de campanha vai ser instalado em Ponta Delgada

Hospital de campanha vai ser instalado em Ponta Delgada

As Forças Armadas vão instalar um hospital de campanha no espaço do Hospital de Ponta Delgada, nos Açores, que foi atingido por um incêndio no sábado, anunciou hoje o presidente do Governo Regional.

Lusa | 16:25 - 06/05/2024

"Açores terão o que os Governos definirem e desenharem"

"Estamos aqui porque somos Portugal. E os portugueses que vivem na Região Autónoma dos Açores têm que ter respostas. Vão ter essas respostas. E o Serviço Nacional de Saúde, do qual o Serviço Regional de Saúde faz parte, tem que olhar agora para esse momento, que nenhum de nós esperava, como um momento de planear o futuro", disse a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, aos jornalistas.

A governante afirmou que, hoje, "não" se falou "em valores monetários". "Falámos da ambição de ter aqui um hospital que responda ao que os cidadãos precisam de ter".

"Os Açores terão aquilo que o seu Governo Regional e o Governo central, em conjunto, definirem, desenharem e planearem para este local. Seguramente, terá de ser um novo hospital", adiantou ainda.

E salientou: "O que aqui se passou vai-nos levar a um dia de amanhã completamente diferente, nada mais será igual"

A governante sublinhou também, na mesma ocasião, que a reconstrução do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), que ainda não tem previsão para retomar o seu normal funcionamento, deve ser pensada na perspetiva de um investimento que torne a infraestrutura numa unidade "diferenciada", com uma resposta "digital" e "transformacional".

"O futuro é já amanhã. É dar condições para que este hospital não só se recupere, mas que se transforme, que seja um investimento que o Serviço Nacional de Saúde faz no país para que aqui, como noutras zonas de Portugal Continental, nas Regiões Autónomas, tenhamos hospitais que sejam efetivamente resposta complexa, diferenciada, digital, transformacional. É essa visão transformadora que o Serviço Nacional de Saúde tem que ter", vincou.

A ministra adiantou que já está a ser feito um levantamento no local das necessidades mais imediatas, que possam ser apoiadas pelo Governo da República, e ainda um planeamento mais de médio prazo. "Estamos hoje já a fazer o levantamento no local daquilo que possa ser necessário da nossa parte, como atividade programada que possa ter que ser apoiada noutros hospitais do continente, em articulação com o Governo Regional, como aconteceu na Região Autónoma da Madeira", afirmou. 

Ana Paula Martins disse que não se trata só de solidariedade, mas uma resposta, tendo por base "a ideia de coesão".

A ministra referiu ainda que o "processo de reconstrução e transformação" começa hoje e que o "memorando de identificação, de todas as necessidades, a curto e a médio prazo, será feito e todas essas informações muito em breve estarão disponíveis".

Questionada sobre os valores de reconstrução, a governante garantiu apenas que o Governo da República tem "todos os recursos necessários" para dar "o apoio que for necessário".

De lembrar que o incêndio que deflagrou no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, pelas 09h40 locais de sábado (10h40 em Lisboa), obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados.

No domingo, o governo dos Açores declarou a situação de calamidade pública devido ao incêndio no hospital de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, e a secretária regional da Saúde e Segurança Social, Mónica Seidi, disse que a unidade de saúde já foi alvo de duas vistorias, mas não há previsão para retomar o normal funcionamento do equipamento.

Na altura do incêndio estavam no estabelecimento de saúde 333 doentes. Os doentes mais críticos e graves foram transferidos para o hospital da CUF, na Lagoa.

Houve ainda pacientes deslocados do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, para a Madeira - estão instalados no Hospital Dr. Nélio Mendonça e no Regimento de Guarnição (RG) N.º 3, encontrando-se todos "estáveis", disse hoje fonte hospitalar.

Além do Hospital do Divino Espírito Santo, existem nos Açores dois hospitais, nas ilhas Terceira (em Angra do Heroísmo) e Faial (na Horta), para os quais foram transferidos mais de 50 doentes.

[Notícia atualizada às 14h45]

Leia Também: Doentes transferidos dos Açores para Madeira estão instalados e estáveis

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