Autarcas reagem com desconfiança à extinção do pólo de turismo da Serra da Estrela
Os presidentes das câmaras de Belmonte e Seia, dois dos municípios que integram o pólo de turismo da Serra da Estrela, reagiram esta quinta-feira com desconfiança à extinção daquela entidade.
© Lusa
País Beira Interior
O Governo apresentou este mês ao sector uma nova versão da proposta de reestruturação das entidades regionais do turismo, que extingue, por fusão, os seis pólos de turismo.
A versão prevê que a Serra da Estrela e Leiria-Fátima passem a integrar a Entidade Regional de Turismo do Centro.
Sobre esta questão, Amândio Melo, presidente da Câmara de Belmonte, considerou que a decisão representa "mais uma machadada para acabar com o interior" do país.
O autarca defendeu a existência de parcerias com o Turismo do Centro e outras entidades, mas considerou que o pólo da Serra da Estrela deve continuar a existir para a região "manter a autonomia e não perder mais um centro de decisão".
Amândio Melo defendeu mesmo a criação de um movimento que reúna os organismos das quatro sub-regiões da Beira Interior, distritos de Castelo Branco e Guarda, para "construir uma alternativa em defesa do interior", no turismo e não só.
O que está em causa é um sector importante para a economia local, acrescentou.
A posição é partilhada pelo presidente da Câmara de Seia, Carlos Camelo, que confessa ter dúvidas por deixar de existir "uma região de turismo com estratégia própria para ser integrada num território muito vasto".
Segundo Carlos Camelo, há muitos interesses económicos e postos de trabalho em jogo na região, pelo que "não se podem perder as especificidades da Serra da Estrela", ao integrar o Turismo do Centro.
O presidente da Câmara de Seia promete "estar atento" ao que possa acontecer.
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