"Se o SNS fosse uma empresa privada, já tinha ido à falência"
Para o bastonário da Ordem dos Médicos, a promulgação de legislação que melhora o pagamento dos médicos foi bem feita, no entanto, não resolve a raiz do problema.
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País Ordem dos Médicos
O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, considerou, no domingo, que se o "SNS fosse uma empresa privada, já tinha ido à falência" e são necessárias reformas estruturais.
De acordo com declarações do bastonário feitas em entrevista a Carlos Andrade, no programa 'O Princípio da Incerteza', na CNN Portugal, a promulgação de legislação que melhora o pagamento dos médicos foi bem feita, no entanto, não resolve a raiz do problema.
"É uma medida pontual para que no verão as coisas possam correr melhor, mas precisamos fazer reformas estruturais", sublinhou o clínico.
Com o SNS prestes a fazer 43 anos no dia 15 de setembro, Miguel Guimarães destacou que "continua a funcionar mais ou menos como funcionava" em 1979. "Se o SNS fosse uma empresa privada, já tinha tinha ido à falência. Temos de tornar o SNS mais competitivo e mais capaz de atrair jovens especialistas", apontou.
Miguel Guimarães destaca ainda algumas medidas que considera que poderiam ser eficazes, tais como "incentivos, valorização da qualidade, acesso mais fácil à investigação e promoção da própria investigação dentro dos serviços".
O bastonário defendeu, ainda, que "se estivéssemos a contratar 80% dos especialistas das várias especialidades que se vão formando, não tínhamos dificuldades de capital humano no SNS".
"É importante que quem faz serviço de urgência, tenha a mesma especialidade e trabalhe horas extraordinárias ou à tarefa, tenham remunerações que sejam semelhantes", afirmou Miguel Guimarães relembrando que "até agora as remunerações têm sido completamente díspares".
"Existem médicos que por hora no serviço de urgência ganhavam 12 ou 17 euros e outros ganhavam 50 euros, com as mesmas especialidades", frisa o especialista em Urologia do Centro Hospitalar São João.
Quanto à Ordem dos Médicos, o clínico garantiu que esta "tenta sempre ser parte da solução" e não do problema.
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