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Luísa Coelho Ribeiro diz ter "noção" do "enorme desafio" do CA da RTP

Luísa Coelho Ribeiro, indigitada para o Conselho de Administração (CA) da RTP, disse hoje ter "noção clara" do "enorme desafio" que a administração tem pela frente e que é "necessário ser realista em relação aos objetivos" do plano estratégico 2021-2023.

Luísa Coelho Ribeiro diz ter "noção" do "enorme desafio" do CA da RTP
Notícias ao Minuto

17:24 - 28/09/21 por Lusa

País RTP

"Entro na RTP com todo o entusiasmo, mas também com a noção clara do enorme desafio que esta administração tem pela frente. Venho de mente aberta", disse Luísa Coelho Ribeiro na comissão parlamentar de Comunicação e Cultura, onde foi ouvida esta tarde.

A responsável, com experiência profissional de 25 anos na área financeira e de gestão em empresas, sobretudo, dos setores das telecomunicações, media e tecnologias de informação, admitiu que a RTP é uma empresa "complexa e com 'stakeholders' diversificados" pelo que "é fundamental continuar a ter um modelo de financiamento estável", bem como "ser realista em relação aos objetivos", definidos no plano estratégico para 2021-2023.

"Há já alguns compromissos por parte da tutela em reforçar com fundos a empresa, até decorrentes de compromissos anteriores e isso obviamente será bem-vindo, no sentido em que há aqui objetivos ambiciosos, até tecnológicos, que são muito necessários na fase em que estamos e para conseguir ter presença importante no mercado", apontou.

Luísa Coelho Ribeiro, enquanto administradora financeira, ficará diretamente ligada à área dos recursos humanos, que considerou serem "o âmago da RTP", até porque, apontou, têm de ter um tipo de conhecimento pouco comum no mercado, o que torna difícil a sua substituição, quando há saídas de profissionais para outras entidades.

Questionada sobre a precariedade na empresa, a futura vogal do CA, que entra em funções em 06 de outubro, defendeu que "a precariedade em funções que são fundamentais para a empresa" não tem "muita lógica", até do ponto de vista financeiro, garantindo que é um dossiê que vai "estudar" "com detalhe".

Também questionada sobre a sua posição quanto à publicidade nos canais públicos, a gestora disse não ter, à partida, uma posição contrária à publicidade, "na medida em que ela, até agora, tem sido necessária".

"A partir do momento em que a empresa é dotada dos meios financeiros necessários, não estou muito preocupada se eles vêm da CAV [Contribuição Audiovisual], de indemnização compensatória, de publicidade", referiu.

"Se deixar de ser necessária [...], pois, com certeza, não tenho nada contra com acabar-se com a publicidade e preencher esse tempo - que já não é muito, convenhamos - com programação de qualidade", acrescentou a responsável.

Quanto à revisão do contrato de concessão da RTP, Luísa Coelho Ribeiro disse esperar "contribuir para um estudo mais detalhado" do documento.

"É uma das minhas prioridades, é perceber como foi feito, quais foram os pressupostos e por, outro lado, não posso deixar de dizer que também gosto de trabalhar com margens de salvaguarda, refiro-me a resultados líquidos provisionais que sejam mais expressivos, embora, [...] se compararmos com a generalidade das empresas genericamente falando, a RTP é privilegiada. A RTP à partida tem já uma receita significativa", afirmou.

No entanto, ressalvou, se o objetivo é "fazer mais, melhor e com maiores custos", então é necessário "dotar a empresa de meios e escalonar, ao longo do tempo, quais são as prioridades".

A nova administradora financeira da RTP disse ainda estar completamente "alinhada" com o plano estratégico da empresa e destacou a importância da evolução para uma transmissão em multiplataforma, para não se perder as audiências mais jovens.

"O que me parece é que este plano estratégico é bastante ambicioso, aliás já falei sobre isso com os restantes futuros colegas de Conselho de Administração [o presidente, Nicolau Santos, e o vogal Hugo Figueiredo] e, portanto, vai ser depois necessário colocar aí um calendário de prioridades", acrescentou.

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