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Moita critica fecho da urgência de obstetrícia no Barreiro

A Câmara da Moita exigiu hoje ao Governo "um compromisso sério com o reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na Península de Setúbal, face ao encerramento, durante dez dias, da urgência de obstetrícia do Hospital do Barreiro.

Moita critica fecho da urgência de obstetrícia no Barreiro

© ShutterStock

Lusa
10/07/2025 22:33 ‧ há 1 mês por Lusa

"Exigimos transparência no planeamento e comunicação por parte das autoridades de saúde, bem como um compromisso sério com o reforço do Serviço Nacional de Saúde na nossa região da Península de Setúbal", lê-se numa nota publicada na página oficial do município na internet.

 

"Estaremos ao lado da população, dos profissionais de saúde e dos restantes municípios da região, na defesa intransigente do direito à saúde e na exigência de respostas dignas para as nossas comunidades", acrescenta a autarquia.

A tomada de posição da Câmara da Moita, de maioria PS, surge na sequência do anunciado encerramento da urgência de obstetrícia do Hospital do Barreiro por dez dias, o que penaliza as grávidas dos quatro concelhos da área de influência daquela unidade hospitalar, Barreiro, Moita, Alcochete e Montijo, todos no distrito de Setúbal.

Entrevistada na quarta-feira na SIC, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, anunciou que o Hospital Garcia de Orta vai concentrar a resposta de urgência de obstetrícia na região de Setúbal 24 horas por dia, a partir de setembro, com o reforço de médicos que estavam no privado e que vão integrar o SNS.

No concelho de Alcochete, os eleitos do PS, na Câmara Municipal também divulgaram hoje uma moção política em que consideram o encerramento temporário da urgência de obstetrícia do Hospital do Barreiro como uma "grave decisão que põe em causa a saúde e a segurança das mulheres e das famílias da região".

"Este hospital é o principal ponto de referência para os concelhos da Margem Sul, incluindo Alcochete. O seu encerramento, mesmo que temporário, obriga as grávidas em situação de urgência a serem encaminhadas para outras unidades, que já se encontram sobrecarregadas", sustenta a moção dos eleitos da maioria PS na Câmara Municipal de Alcochete.

"Falamos de mulheres que podem estar em trabalho de parto, em situações críticas, e que terão de percorrer mais quilómetros, esperar mais tempo e enfrentar mais riscos", acrescentam, considerando que a resposta da tutela "não é aceitável" e "não pode continuar a ser o silêncio ou a normalização do desinvestimento" na saúde na Península de Setúbal.

Nesse sentido, os socialistas de Alcochete exigem ao Governo" o imediato reforço de recursos humanos nas urgências de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital do Barreiro, de forma a garantir o seu funcionamento pleno e contínuo" e a "reavaliação urgente da rede hospitalar da Península de Setúbal, envolvendo os municípios, para pôr fim à precariedade dos cuidados hospitalares na região".

Defendem ainda que o Ministério da Saúde deve assumir a responsabilidade política pelo encerramento da urgência de obstetrícia do Hospital do Barreiro, apresentar "soluções imediatas e sustentáveis" e "garantir o transporte atempado e seguro das grávidas para as unidades hospitalares de retaguarda durante o período de encerramento".

"O respeito e proteção da saúde materna como um direito humano fundamental, não pode ser suspenso por conveniências administrativas ou falta de vontade política", conclui a moção política dos eleitos do PS na Câmara Municipal de Alcochete.

Leia Também: Imigração. PS acusa PSD de união com Chega em "flagrante violação da lei"

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