Freguesia de Matosinhos pede audiência ao Governo por fecho de ponte
A Junta de Freguesia de Matosinhos - Leça da Palmeira, no distrito do Porto, requereu hoje uma audiência urgente ao ministro das Infraestruturas e Habitação devido ao encerramento, por mais três semanas, da ponte móvel que liga aqueles dois locais.
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País Matosinhos
Além disso, a junta vai exigir à Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), responsável pela ponte móvel, que reforce o número de autocarros que, desde 30 de março, dia em que a travessia fechou para manutenção, transporta as pessoas entre as duas localidades, de modo a evitar aglomerações e menor tempo de espera, adiantou, em comunicado enviado à Lusa.
A ponte móvel de Leixões, no concelho de Matosinhos, que está encerrada ao trânsito automóvel e pedestre desde dia 30 de março e "previsivelmente" reabriria hoje, vai continuar fechada durante mais três semanas, anunciou na quinta-feira o presidente da APDL, em conferência de imprensa.
A ponte móvel encerrou para trabalhos de manutenção, nomeadamente para a mudança do cilindro do lado norte/nascente e da rótula sul/nascente (única que ainda não tinha sido substituída), trabalhos que já foram realizados e "com sucesso", disse Nuno Araújo.
Contudo, nos testes finais, foi detetada uma nova anomalia, o que obrigou a novos trabalhos e a adiar a reabertura da ponte.
O presidente da junta de freguesia, o socialista Pedro Sousa, considerou "incompreensíveis" as constantes avarias desta travessia que gera "brutais constrangimentos" no trânsito no acesso à Autoestrada 28 (A28), única saída direta de Leça da Palmeira para Matosinhos, Porto e concelhos limítrofes.
A população "não pode ficar isolada" a cada avaria, frisou.
Na sua opinião, estas avarias são "motivo mais do que suficiente" para se construir uma terceira ponte entre as duas margens e alargar a A28.
O alargamento da A28, entre a ponte de Leça (viaduto A28) e a rotunda AEP, poderia contribuir para diminuir os constrangimentos e libertar os centros urbanos do "trânsito infernal" todas as manhãs e finais de dia, embora tal careça de estudo e projeto, ressalvou Pedro Sousa.
"A situação já atingiu tal ponto de saturação e revolta por parte da população, que já não chegam as promessas de intervenções na ponte móvel ou proclamações pois, na verdade, tudo tem falhado", afirmou o autarca, citado no comunicado.
Dizendo não colocar em causa a importância estratégica do Porto de Leixões, Pedro Sousa considerou que, nos últimos tempos, tem falhado a "sã convivência" com a cidade porque os prolongados trabalhos de manutenção são comunicados tardiamente, não chegando a toda a população.
Durante o período de encerramento, e à semelhança do que acontece atualmente, o transporte entre as margens continuará assegurado por transportes fretados pela APDL que vão funcionar durante 24 horas, de 10 em 10 minutos durante o dia (das 07:00 às 22:00) e de 20 em 20 minutos durante a noite (das 22:00 às 07:00).
As paragens situam-se, em Matosinhos, no acesso nascente à ponte móvel (junto à paragem da Maré de Matosinhos) e, em Leça da Palmeira, por baixo da ponte (junto à paragem dos STCP).
Desde a sua inauguração, em julho de 2007, a ponte sofreu quatro avarias, nomeadamente em 2013, 2018, 2019 e 2020 associadas à "gripagem" prematura das rótulas principais de movimentação dos tabuleiros.
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