Assembleia de Lisboa manifesta pesar pela morte de Marcelino da Mata
A Assembleia Municipal de Lisboa (AML) aprovou hoje um voto de pesar pela morte do tenente-coronel Marcelino da Mata e guardou um minuto de silêncio em sua homenagem.
© Reprodução Facebook / Tenente-Coronel Marcelino da Mata
País Marcelino da Mata
O voto, do CDS-PP, teve os votos contra do PCP, BE, PEV e sete deputados municipais independentes, a abstenção do PAN e os votos favoráveis dos centristas, PSD, PS, MPT, PPM e dois independentes.
Marcelino da Mata, que morreu de covid-19, protagonizou diversos feitos militares, refere o voto de pesar, destacando "o resgate de pilotos portugueses que caíram em território inimigo, a libertação de prisioneiros de guerra em territórios e Estados que apoiavam os movimentos de libertação ou as operações que romperam o cerco a quartéis e tabancas, permitindo o reabastecimento e o salvamento de militares portugueses e da população local".
Já o voto de pesar apresentado pelo PSD, com o título "Marcelino da Mata - Um Homem à Prova de Bala!", foi rejeitado pelos eleitos na sessão plenária da AML, que decorre esta tarde por videoconferência.
Marcelino da Mata, com 80 anos, era o mais condecorado militar do Exército português e serviu em mais de 2.000 operações na Guerra Colonial.
No pós-25 de Abril de 1974 foi detido e torturado por elementos da extrema-esquerda, exilando-se em seguida em Espanha até ao contra-golpe do 25 de Novembro de 1975 (que acabou com o Processo Revolucionário Em Curso).
O combatente português foi depois proibido de entrar em território da independente Guiné-Bissau, sua terra-natal.
O comando luso foi armado cavaleiro da "Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito", em 1969. Subiu sucessivamente de patente, desde soldado a major e reformou-se em 1980, tendo sido ainda promovido a tenente-coronel em 1994.
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