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Interdição de estrada a pesados põe em causa socorro em Pardais

O presidente da Junta de Freguesia de Pardais, no concelho de Vila Viçosa (Évora), alertou hoje para o facto de a interdição do trânsito a veículos pesados numa estrada colocar em causa o socorro à população.

Interdição de estrada a pesados põe em causa socorro em Pardais
Notícias ao Minuto

12:46 - 23/01/21 por Lusa

País Évora

"Condicionar o trânsito a pesados põe em causa o socorro à população, a deslocação das crianças para as escolas e o escoamento de mercadorias, sobretudo dos mármores, que é o sustento da população da freguesia", disse à agência Lusa o autarca Inácio Esperança.

O presidente da junta de freguesia falava à Lusa na sequência de a Infraestruturas de Portugal (IP) ter encerrado na sexta-feira o troço da Estrada Nacional (EN) 254 entre Vila Viçosa e Bencatel e de ter interditado o tráfego pesado na Estrada Nacional (EN) 255, entre Vila Viçosa e Pardais, por questões de segurança devido à proximidade de pedreiras.

A população de Pardais é afetada por a circulação pela EN255 entre Vila Viçosa e aquela localidade estar limitada a veículos ligeiros, e a junta de freguesia, em comunicado, considera que é "lamentável e absurdo".

O comunicado refere que se trata de uma "decisão unilateral da IP", que "muito prejudica a população" e interroga "como garantir o socorro às populações e aos trabalhadores das pedreiras sempre que seja necessário utilizar veículos pesados".

Inácio Esperança considerou que "o Estado Português quer fugir à sua responsabilidade e quer abandonar Vila Viçosa, Borba e a zona dos mármores", sublinhando que "durante anos licenciaram pedreiras e não as fiscalizaram, tendo-se chegado à situação em que há pedreiras em cima das estradas".

"Não acredito que as mesmas sejam ilegais, estão à vista de toda a gente", acrescentou.

O autarca acrescentou que, "perante problemas de segurança, o Estado, em vez de criar soluções, decidiu fechar e condicionar estradas, isolar populações e abandoná-las".

Inácio Esperança disse ainda que "se há perigo nestes troços porque é que durante dois anos nada foi feito para alterar a situação nem se criaram alternativas, deixando as pessoas diariamente a correr perigo".

"O que a Infraestruturas de Portugal quer é entregar as estradas à Câmara", salientou.

O Comando Territorial de Évora da GNR, através da sua página na rede social Facebook, revelou na sexta-feira que o troço da EN254 entre Vila Viçosa e Bencatel foi cortado ao trânsito pela IP, de forma definitiva, na sexta-feira de manhã, e apontou vias alternativas para a circulação rodoviária.

O corte deste troço da estrada foi anunciado, na quarta-feira, em declarações à Lusa, por fonte oficial da IP, que alegou questões de segurança, devido à proximidade de uma pedreira.

A decisão está relacionada com a proximidade daquela estrada da pedreira "Monte d'el Rei", que tem cerca de "134 metros de profundidade" e que se encontra a cerca de 30 metros da via, quando devia estar "a mais de 400 metros", indicou então a mesma fonte.

A IP, que disse estar, juntamente com a câmara, a tentar "encontrar uma solução" alternativa para a circulação entre Vila Viçosa e Bencatel, indicou que, a partir de sexta-feira, a alternativa de circulação para veículos ligeiros deve ser a EN255.

Já a EN381, entre a EN4 e a vila de Redondo, é indicada pela IP como percurso alternativo dos pesados, durante as próximas duas semanas, enquanto não for feita uma intervenção na EN255.

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