"Emails constituem um meio de prova válido de acordo com a lei Suíça"
Rui Pinto voltou ao Twitter para abordar os casos Manchester City FC vs. UEFA e o pedido de demissão do Procurador Geral Suíço. Português foi libertado na semana passada.
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País Rui Pinto
Rui Pinto voltou ao Twitter para destacar o que considerou ser "um dos pontos positivos da decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) no caso Manchester City FC v. UEFA: Os emails constituem um meio de prova válido de acordo com a lei Suíça".
Para o hacker, agora em liberdade, este facto é "bastante pertinente em questões de direito desportivo (por exemplo, corrupção no âmbito de competição desportiva de futebol…)", acrescenta no mesmo tweet.
De lembrar que o Tribunal acabou por anular a exclusão das competições europeias que a UEFA tinha decretado ao clube inglês.
Posteriormente, Rui Pinto regressou à rede social para sublinhar "um assunto que tem passado despercebido à generalidade da imprensa Portuguesa". "O Procurador Geral Suíço pediu, em finais de Julho, a demissão na sequência de um escândalo revelado no Football Leaks".
Um dos pontos positivos da decisão do TAS no caso Manchester City FC v. UEFA:Os emails constituem um meio de prova válido de acordo com a lei Suíça. Bastante pertinente em questões de direito desportivo (por exemplo, corrupção no âmbito de competição desportiva de futebol…) pic.twitter.com/H5RtObT1NR
— Rui Pinto (@RuiPinto_FL) August 11, 2020
É um assunto que tem passado despercebido à generalidade da imprensa Portuguesa, mas o Procurador Geral Suíço pediu, em finais de Julho, a demissão na sequência de um escândalo revelado no #FootballLeakshttps://t.co/rOxKa7A6Pf
— Rui Pinto (@RuiPinto_FL) August 12, 2020
De lembrar que nas primeiras mensagens após a sua libertação, o hacker sublinhou que Portugal continua a ser um "paraíso para a corrupção" e "para o branqueamento de capitais" e que é preciso mudar.
"É agora mais do que nunca, que precisamos de união e resiliência. Portugal tem de mudar!", pode ler-se.
O criador da plataforma Football Leaks, e responsável pela investigação que espoletou também o processo Luanda Leaks - que tem Isabel dos Santos como a principal visada -, agradeceu ainda "a todos aqueles que desde a primeira hora demonstraram o seu apoio e solidariedade". Por fim, Rui Pinto conclui: "Finalmente esta árdua e longa 'travessia do deserto' chegou ao fim".
Mas a luta continua, porque volvidos quase 2 anos, Portugal continua um paraíso para a grande corrupção e para o branqueamento de capitais. É agora mais do que nunca, que precisamos de união e resiliência. Portugal tem de mudar!
— Rui Pinto (@RuiPinto_FL) August 11, 2020
Rui Pinto encontra-se, neste momento, ao abrigo do programa de proteção de testemunhas. O hacker começa a ser julgado em 4 de setembro por 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por tentativa de extorsão ao fundo de investimento Doyen. Estão agendadas, em média, três sessões por semana.
Aníbal Pinto, advogado de Rui Pinto à data dos factos e que será julgado pela tentativa de extorsão (em outubro de 2015) de entre 500 mil euros a um milhão de euros ao fundo de investimento Doyen, é o segundo arguido no processo.
Rui Pinto saiu na passada sexta-feira (7 de agosto) em liberdade, por decisão da juíza Margarida Alves. O Ministério Público opôs-se, porém, à libertação, que foi justificada pela juíza com a "contínua e consistente colaboração" com a Polícia Judiciária e o "sentido crítico" do criador da plataforma Football Leaks.
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