PCP insta Governo a clarificar plano da TAP para retoma de voos no Porto
O PCP pediu explicações sobre o plano de retoma da TAP no Aeroporto do Porto, instando o Governo a clarificar se pretende intervir para assegurar um plano compatível com as necessidades da região, anunciou hoje o partido.
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Política Aviação
Num requerimento dirigido ao Ministro das Infraestruturas e Habitação, o grupo Parlamentar do PCP salienta a importância "fundamental" do Aeroporto Francisco Sá Carneiro para o distrito do Porto e para a região Norte, no contexto do relançamento da atividade económica, pelo que importa clarificar "quais as medidas que o Governo pretende tomar quanto à retoma da atividade" naquela infraestrutura e "quanto à sua valorização" tendo em conta o quadro de defesa do interesse nacional e desenvolvimento sustentado do país.
Nesse sentido, os comunistas querem saber e o Governo tem "conhecimento de algum plano elaborado pela TAP de retoma da sua atividade" e qual a informação de que dispõe o Governo "sobre as rotas previstas nesse mesmo plano para o Aeroporto do Porto".
Aquele grupo parlamentar questiona ainda que a avaliação faz o Governo sobre as soluções apontadas para o Aeroporto do Porto e de que forma pretende intervir para assegurar uma retoma da atividade da TAP compatível com as necessidades do país e da região.
Na sexta-feira, o Jornal de Notícias avançou que a TAP ia retomar a atividade com 71 rotas a partir do aeroporto de Lisboa e três com partida do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto.
Na segunda-feira, em resposta à Lusa, a TAP esclareceu, contudo, que não tem um plano para retomar a sua atividade, que foi impactada pela pandemia de covid-19, sublinhando que "há várias simulações que acomodam diversas avaliações da situação".
Em 22 de abril, a companhia aérea pediu garantias ao Estado para duas possíveis operações de financiamento, por parte do Haitong e do ICBC Spain, para um total de 350 milhões de euros.
Na missiva, a que a Lusa teve acesso, endereçada à Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) e assinada pela Comissão Executiva da transportadora, a TAP faz vários pedidos, tendo em conta a situação resultante da pandemia de covid-19.
O grupo estimava, no dia 20 de março, que precisava de 350 milhões de euros até junho para fazer face às necessidades geradas pela crise, que reduziu a atividade a poucos voos essenciais.
Já na quarta-feira, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, reafirmou no parlamento que o Governo está a avaliar todas as propostas de solução para o problema da TAP, não excluindo qualquer uma delas, incluindo uma nacionalização.
A TAP é detida pelo Estado (50%), pela Atlantic Gateway (45%) e pelos trabalhadores (5%).
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