Tancos "deixa-me preocupada porque é sinal de abandalhamento"
A ex-eurodeputada socialista comentou o caso Tancos que, na semana passada, fez mexer a campanha eleitoral.
© Global Imagens
País Ana Gomes
A acusação do Ministério Público relativa ao caso Tancos chegou na semana passada, mesmo a tempo de ser usada na campanha eleitoral. A menos de uma semana das eleições, o tema continua a dar que falar e, além do Exército e do ministro da Justiça, já envolve também um deputado do PS que se recandidata ao mesmo cargo no sufrágio do próximo domingo.
Para Ana Gomes, o PS “não ganha nada em pensar que pode pôr o assunto para debaixo do tapete. Não pode", considera, defendendo que "o que é preciso é assumir que houve erros”.
No seu espaço de comentário habitual na antena da SIC Notícias, a socialista não soube precisar os efeitos que este caso poderá ter nos resultados eleitorais do PS, até porque ainda há uma semana de campanha pela frente.
No entanto, a ex-eurodeputada é perentória ao afirmar: “Não me passa pela cabeça que o primeiro-ministro e o Presidente da República tivessem sabido atempadamente o embuste que estava em causa. São demasiado inteligentes para isso”.
Ainda sobre este tema, Ana Gomes disse que é algo que a deixa “muito perturbada porque é sinal do abandalhamento a que se chegou” e dispara na direção das Forças Armadas que, “obviamente não podem funcionar sem dinheiro, mas também há que exigir-lhes um maior padrão e adesão a valores e princípios que é suposto defenderem”.
“Eu fico doente quando vejo as Forças Armadas, que são estruturantes na nossa nação, saíram tão mal de tudo isto”, afirma.
E o mesmo, garante, deve ser exigido aos “responsáveis políticos”, até porque “há aqui uma série de questões políticas que não podem, nem devem ser iludidas sob pena de mais contribuir para a ofuscação desta questão, de modo a facilitar o trabalho de intrigalhada que há por aí”.
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