IPMA diz que sim, verão vai ser mais quente. Mas "quantificar é difícil"
O próximo verão vai ser mais quente. É essa a tendência, em linha de conta com as alterações climáticas. Contudo, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prefere uma "análise prudente", diferentemente da previsão do site AccuWeather.
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País Calor
Para o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), "não é novidade" que o verão que aí vem vai ser marcado por temperaturas acima do normal. Aliás, essa é a tendência dos últimos anos em linha com o fenómeno das alterações climáticas.
Ao Notícias ao Minuto, Ricardo Deus do IPMA explica que, com base no método usado, a comparação dos dados históricos, é possível prever que sim, que vamos de facto ter um verão em que a temperatura média será acima do normal.
Contudo, e comentando as previsões à 'la longue' do site norte-americano AccuWeather que apontam para ondas de calor com as temperaturas a chegar aos 43ºC, o especialista adverte que em matéria de meteorologia "não se pode generalizar" e que é difícil fazer previsões a uma distância tão longa porque existem muitos parâmetros em jogo.
“Tudo aponta para que tenhamos um verão com temperaturas acima do normal (…) e é até provável que alguns pontos do país possam atingir valores acima dos 43ºC”, sublinha o especialista, lembrando que já no ano passado isso aconteceu. A título de exemplo, em agosto de 2018, Setúbal chegou aos 45,9 e algumas regiões ultrapassaram os 44ºC.
"Todos os anos têm sido batidos recordes de temperaturas em algumas estações meteorológicas", recorda, admitindo que é possível que isso volte a acontecer este ano, porque a tendência assim o demonstra. No entanto, “em termos médios, a realidade não é essa”, ressalva.
Ricardo Deus esclarece que por existirem muitas variáveis a ter em conta “quantificar” quão mais quente vai ser este verão é “muito difícil”.
Aliás, salienta o meteorologista, se até na previsão para dez dias, que o IPMA faz, têm de ser feitos ajustes, o que fará as previsões a meses.
Assim, opta o IPMA por fazer uma “análise prudente”, trabalhado em relação aos períodos anteriores, não sendo possível antecipar ondas de calor como as que prevê o site norte-americano, embora a tendência seja essa.
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