PSD deve estar "orgulhoso" com reação à "pequena crise do fim de semana"
O cabeça-de-lista do PSD às europeias, Paulo Rangel, disse hoje que o partido deve estar "orgulhoso" pela forma como reagiu "à pequena crise do fim de semana", considerando que não há motivos para "tremer ou estar preocupado".
© Global Imagens
Política Paulo Rangel
"Devemos estar orgulhos, nesta pequena crise do fim de semana, da forma como o nosso partido esteve e respondeu a essa ofensiva tática. Manter os princípios e afirmar as convicções, não ceder aos taticismos e ser frontal, é uma homenagem a Sá Carneiro. O nosso código genético é a frontalidade, a convicção e a ausência de receio de dizer a verdade", disse Paulo Rangel.
O candidato social-democrata falava no Porto antes de ter início a festa comemorativa do 45.ª aniversário do PSD que foi marcada em todo o país com sessões de cinema.
Em exibição está o filme 'Snu', da realizadora Patrícia Sequeira, que conta a história de Snu Abecassis, fundadora da editora D. Quixote, que se tornou célebre por publicar livros que desafiavam a censura no Estado Novo e por se ter relacionado com Francisco Sá Carneiro.
Rangel, que discursou antes do líder do partido, Rui Rio, descreveu o fundador do PSD, Sá Carneiro, para apontar que este "não tinha medo de dizer o que pensava", algo que "deve inspirar todos neste momento", defendeu.
O candidato do PSD às eleições que decorrem em 26 de maio começou por dizer que "este não é o espaço para uma mensagem política ou eleitoral", para depois elogiar Francisco Sá Carneiro e fazer um paralelismo entre as características de um dos fundadores do partido e o momento atual da política.
"Sá Carneiro era um homem frontal que não tinha medo de dizer o que pensava, não tinha medo de viver como pensava. A frontalidade na ação política é algo que nos dias de hoje nos deve inspirar muito. Devemos ter muito orgulho neste legado que nos deixou o nosso fundador", referiu, acrescentando que "a política portuguesa, nos últimos dias, foi dominada por jogos palacianos, dissimulações e taticismo".
Paulo Rangel frisou ainda que o PSD "não precisa de propaganda", nem de "impor o seu caminho de forma encenada", para depois, sem nunca referir o nome do primeiro-ministro, António Costa, ou do Governo PS, declarar que "quem começa o dia com uma encenação que resulta numa fotografia" mostra "medo e não verdade".
"Uma coisa tenho a certeza, o povo português sabe distinguir quem faz as coisas por convicção, quem assume a coerência, quem não anda atrás dos 'media', quem não precisa de invadir, com três mosqueteiros ao mesmo tempo, todos os telejornais para passar a sua mensagem", concluiu.
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