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"Já não se deve aceitar que entre marido e mulher não se mete a colher"

António Costa deixou, esta quinta-feira, um apelo à sociedade para que não compactue com situações de violência doméstica.

"Já não se deve aceitar que entre marido e mulher não se mete a colher"
Notícias ao Minuto

20:53 - 07/03/19 por Filipa Matias Pereira

País António Costa

Assinala-se esta quinta-feira, dia 7 de março, o Dia de Luto Nacional. No Palácio Paz, em Lisboa, depois da assinatura de protocolos para o reforço dos gabinetes de atendimento a vítimas de violência de género, António Costa, em conferência de imprensa, manifestou um incentivo à denúncia de casos de violência doméstica. Hoje, frisou, “já não se deve mais aceitar o velho ditado que entre marido e mulher não se mete a colher”.

No entendimento do chefe de Governo, “a violência diz respeito a todos e todos temos o dever de intervir, de não calar, de denunciar. Temos o dever de levar a sério as denúncias e prosseguir a investigação até à fase da condenação”.

É por isso, explicou o primeiro-ministro, que foi criado um “movimento coletivo” e constituída há uma semana “uma comissão técnica multidisciplinar que irá procurar cruzar um lado da informação que temos o dever de trabalhar”. Torna-se ainda imperioso “ter em conta as orientações internacionais, nomeadamente as mais recentes, provenientes do conselho da Europa, relativamente às quais nos devemos questionar e melhorar”.

O Governo pretende, com efeito, adotar estratégias pró-ativas já que “não podemos desejar viver na reação”. Temos, em vez disso, “de ser capazes de agir preventivamente para extirpar da sociedade este mal que é absolutamente inaceitável numa sociedade decente como aquela onde queremos viver”.

E é “com satisfação” que Costa vê “o conjunto das instituições alinhadas” porque não tem “a menor das dúvidas que é essa a exigência social que hoje é feita. E amanhã a sociedade mostrará que não aceita conviver com este comportamento. Temos de responder positivamente àquilo que é fundamental assegurar que é a segurança de todos, a proteção de todos". 

António Costa aproveitou ainda a oportunidade para dirigir uma mensagem às vítimas de violência doméstica, apelando a que tenham “confiança no conjunto das instituições, nas forças de segurança, nas magistraturas”.

O primeiro-ministro apelou também a que “os que trabalham no sistema de saúde, nas escolas, isto é no interface do quotidiano das famílias que são vítimas ou têm sintomas de vitimização física ou psicológica, que colaborem com as forças de segurança e o sistema de justiça para que possa haver uma ação atempada”.

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