Economista condenado a prisão por ataque a escritórios de advogados
Um economista espanhol foi hoje condenado a cinco anos e meio de prisão efetiva pelo Tribunal São João Novo, no Porto, por crimes contra advogados de processos em que esteve envolvido.
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País Porto
O economista, atualmente em prisão preventiva, foi sentenciado por 50 crimes de ameaças, coação, injúria, difamação, dano, roubo, introdução em lugar vedado ao público e incêndio, ficando ainda obrigado a pagar um total de 12 mil euros a três advogados.
"Este processo é fruto de um delírio seu e tem coisas absolutamente surreais de uma pessoa perturbada", disse o magistrado, durante a leitura da decisão judicial.
Os casos registaram-se no período entre fevereiro de 2016 e finais do mesmo ano contra escritórios de advogados envolvidos num processo que o homem intentou em tribunal do trabalho contra uma empresa de construção civil por alegado despedimento ilegal.
As ações de retaliação terão ocorrido após o economista recusar assinar um acordo indemnizatório, exigindo mais dinheiro, e recusar o pagamento dos honorários ao escritório de advogados que o representou naquele processo.
Ocorreram também após os advogados credores avançarem com a penhora da sua casa e com uma acusação por difamação.
Na primeira sessão do julgamento, em novembro do ano passado, o economista, acusado, por exemplo, de incendiar uma secretária num escritório de advogados do Porto, dias após atirar um carro em chamas contra o portão de escritório similar, alegou que agiu sob "carga emocional elevada".
O presidente do coletivo de juízes vincou que o homem "não tem perceção total da realidade" e que "à custa do seu transtorno" dezenas de pessoas foram afetadas.
"Tentou ser polícia, juiz e cowboy ao mesmo tempo. O senhor é um perigo que nem se apercebe o perigo que é", afirmou.
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