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Faltam funcionários na Fontes Pereira de Melo mas não entusiasmo

A Escola Básica e Secundária Fontes Pereira de Melo, no Porto, iniciou hoje o ano letivo com a normalidade possível, tendo em conta que faltam funcionários, mas nem por isso os alunos manifestavam menor entusiasmo ao início da manhã.

Faltam funcionários na Fontes Pereira de Melo mas não entusiasmo
Notícias ao Minuto

13:39 - 17/09/18 por Lusa

País Porto

Catarina Silva, aluna do 10.º ano de escolaridade, entra da "Fontes Pereira de Melo" pela primeira vez e, em declarações à Lusa, manifestou-se entusiasmada por ser "uma nova aventura e um novo desafio".

"Vou fazer novos amigos", afirmou, manifestando esperança de que o ano escolar corra bem, sem grande turbulência, apesar das greves de professores já anunciadas.

Sobre este assunto, Catarina Silva disse acreditar que "os professores têm a noção de que são importantes" na vida escolar dos alunos.

"Acho que não farão nada que nos prejudique", sublinhou.

Júlia Sardo, que veio acompanhar o seu filho, que vai frequentar a escola também pela primeira vez, manifestava-se confiante de que as "coisas vão correr bem" apesar do nervosismo do seu educando.

"Espero que faça amigos rapidamente e que corra bem, ele está um bocado nervoso, é a primeira vez aqui, está tudo incerto, mas acho que vai correr tudo bem", declarou.

Em relação aos protestos já anunciados pelos professores, esta encarregada de educação disse estar preocupada porque "atrasa as matérias e depois os alunos têm de recuperar".

Para o aluno João Pedro, que vai frequentar um curso técnico-profissional, admitiu estar "um bocado nervoso" por ser "uma escola nova, colegas novos, turma nova".

Apesar do "nervosismo", disse estar tranquilo em relação ao novo estabelecimento de ensino.

"Nunca ouvi dizer mal desta escola, está perto de casa e tem um curso que eu achei interessante. Vamos ver se corre tudo bem", acrescentou.

As aulas começaram hoje para a maioria dos alunos portugueses, que regressaram aos bancos da escola numa semana que os sindicatos de professores prometem marcar com plenários em todo o país.

São centenas os plenários previstos para a escola pública esta semana para discutir a continuidade da luta pela contagem integral do tempo de serviço congelado -- nove anos, quatro meses e dois dias --, uma reivindicação que o Governo tentou afastar ao avançar unilateralmente, sem acordo dos sindicatos, com a decisão de apenas contar dois anos, nove meses e 18 dias, com efeitos a partir de janeiro de 2019.

A esta semana de plenários segue-se uma semana de greve entre 01 e 04 de outubro e uma manifestação nacional de professores em Lisboa a 05 de outubro, feriado que coincide com o Dia Mundial do Professor.

À margem da contestação sindical, os alunos regressam às escolas para encontrar este ano mudanças legislativas aprovadas há menos de três meses e para as quais as escolas lamentam não ter tido tempo suficiente para se prepararem e adaptarem, nomeadamente no que diz respeito à educação inclusiva e à autonomia e flexibilização curricular, que deixa de estar confinada a um projeto-piloto, que abarcou cerca de 200 escolas, e passa a ser lei para todas as escolas que a queiram implementar.

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