O secretário-geral da Fenprof disse hoje, naquele que é o primeiro dia de greve, que os professores estão num nível de indignação semelhante com o de há dez anos, quando “foram tão atacados e mal-tratados”.

“Os professores estão mesmo muito indignados. O nível de indignação, hoje, é bem parecido, em algumas escolas até acima, daquele que tinham há 10 anos, quando tão atacados e mal-tratados foram, no tempo da ex-ministra Maria de Lurdes Rodrigues. Os níveis de indignação foram fortíssimos mas, de facto, isso hoje existe”, afirmou Mário Nogueira aos jornalistas.

O secretário-geral da Fenprof nomeou as situações para as quais os professores “estão disponíveis” para discutir, nomeadamente “a forma como poderá ter impacto nos horários dos professores esta necessidade de atenuar a sobrecarga de trabalho a que estão sujeitos”, “o trabalho que os professores mais antigos deverão ter nos últimos anos” e ainda as “formas que permitam uma aposentação, ainda que em regras próprias, em que haja uma situação qualquer distinta do que seria uma aposentação normal antecipada, mas sem as penalizações que estão previstas para permitir que a profissão seja rejuvenescida”.

Todavia, “não estamos disponíveis é para ouvir dizer que nos últimos anos baixou o número de alunos nas escolas e aumentou o número de professores, e que não se diga que isso aconteceu porque há 12 mil que estão de baixa e que tiveram de ser substituídos por outros”, fez sobressair, acusando o Governo de “tentar manipular a opinião pública”.

Os professores, recorde-se, começaram hoje uma greve às avaliações para exigir a contagem do tempo de serviço congelado, que se prolongará pelo menos até ao final deste e mês e poderá estender-se até meio de julho.