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“Nenhum professor ganha como o Sousa Tavares nem se comporta como ele"

Líder da Fenprof acusa comentador da SIC Notícias de mentir sobre a carreira dos docentes.

“Nenhum professor ganha como o Sousa Tavares nem se comporta como ele"

Professores e Governo continuam em guerra aberta e Mário Nogueira, líder da Fenprof, decidiu enviar, esta segunda-feira, às redações um comunicado sobre o estatuto da carreira docente para desmentir as “barbaridades que se têm ouvido”.

De acordo com o presidente da Federação Nacional dos Professores, os docentes portugueses têm sido, ao longo dos anos, injustiçados quanto a várias questões.

Mário Nogueira garante que na cimeira sobre a situação dos professores que se realizou em Lisboa, em março, Andreas Schleicher, diretor da OCDE, confirmou que o nível salarial dos professores portugueses é inferior à média dos países da OCDE e tem vindo a deteriorar-se.

Além desta questão, o líder da Fenprof afirma que, em Portugal, ao contrário do que acontece na maioria dos países da OCDE, os professores demoram 34 anos a atingir o topo “se não houver perda de tempo de serviço”, sendo que para entrar na carreira é necessário entrar nos quadros e “há professores que se mantêm 10, 20 ou mesmo 30 anos sem o conseguir, o que significa, para um horário completo, um salário bruto de 1518 euros (na ordem dos 1000 euros líquidos), estando muitos destes docentes colocados a centenas de quilómetros de casa”.

Por estas e outras razões, Mário Nogueira explica que a carreira de docente “é agravada pelas quebras de tempo de serviço que nunca foram recuperadas” e que “a perda mais mediatizada é a que resulta dos congelamentos verificados: nove anos, quatro meses e dois dias”.

No mesmo documento, o líder da Fenprof desmente que os professores exijam o pagamento de retroativos e que estes profissionais tenham uma carreira melhor que outros trabalhadores.

“É verdade que, por norma, ganham mais do que uma empregada de limpeza, o que parece cair mal a Miguel Sousa Tavares. Mas há professores nas AEC que ganham igual ou abaixo dessa trabalhadora. Por outro lado, nenhum professor ganha como Miguel Sousa Tavares nem se comporta como ele. Estas mentiras têm, no entanto, um objetivo, que é o de rever a carreira docente”, refuta Mário Nogueira, adiantando que a carreira docente precisa de ser respeitada e é por isso que os professores estão a lutar.

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