França diz que é "muito provável" desaparecerem provas de Douma
França considera "muito provável" que desapareçam "elementos essenciais" de Douma, na Síria, antes da chegada dos inspetores internacionais que investigam se houve um ataque químico a 7 de abril.
© Getty Images
Mundo OPAQ
Os inspetores da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) deviam ter chegado no domingo a Douma, mas as forças russas, que dias depois do alegado ataque químico anunciaram o controlo do enclave rebelde, adiaram a visita para quarta-feira citando "problemas de segurança".
"É muito provável que provas e elementos essenciais desapareçam" de Douma antes da chegada dos peritos da OPAQ, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês em comunicado.
O texto sublinha que o local do alegado ataque é "inteiramente controlado pelos exércitos russo e sírio" e que os inspetores ainda não tiveram acesso à cidade.
"Nesta altura, a Rússia e a Síria continuam a recusar aos investigadores acesso ao local do ataque, sendo que estes chegaram à Síria a 14 de abril", precisa o texto.
"É fundamental que a Síria dê por fim acesso total, imediato e sem entraves aos pedidos da OPAQ, seja em relação a locais a visitar, pessoas a entrevistar ou documentos a consultar", lê-se no comunicado.
O ataque a Douma, no qual morreram pelo menos 40 pessoas e mais de 500 foram afetadas, esteve na origem dos ataques lançados na madrugada de sábado por aviões de combate dos EUA, França e Reino Unido contra três alvos associados à produção e armazenamento de armas químicas na Síria.
A oposição síria e vários países acusam o regime de Bashar al-Assad da autoria do ataque químico, mas Damasco nega e o seu principal aliado, a Rússia, afirma que ele foi encenado com a ajuda de serviços especiais estrangeiros.
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