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Organização contra armas químicas "preocupada" com caso de ex-espião

A Organização para a Interdição de Armas Químicas (OIAQ) afirmou-se hoje "vivamente preocupada" com o envenenamento de um ex-espião russo no Reino Unido, ainda em estado crítico após ter sido exposto a um agente químico letal.

Organização contra armas químicas "preocupada" com caso de ex-espião
Notícias ao Minuto

11:27 - 13/03/18 por Lusa

Mundo OIAQ

"A recente informação segundo a qual duas pessoas ficaram gravemente doentes no Reino Unido após terem sido expostas a um agente químico perigoso é vivamente preocupante", declarou Ahmet Uzumcu, diretor-geral da OIAQ.

Uzumcu disse ter falado ao telefone com o chefe da diplomacia britânca, Boris Johnson, para se informar sobre os resultados do inquérito ao incidente.

"É extremamente inquietante que os agentes químicos sejam ainda utilizados para ferir as pessoas. Os que o fizerem devem ser responsabilizados", acrescentou.

Serguei Skripal, de 66 anos, e a filha Yulia, de 33 anos, foram encontrados inconscientes a 04 deste mês num banco num centro comercial em Salisbury, no sul de Inglaterra.

Na quarta-feira seguinte, o chefe da polícia antiterrorista britânica, Mark Rowley, revelou que o ex-agente duplo russo e a sua filha tinham sido vítimas de um ataque deliberado com um agente que ataca o sistema nervoso.

Os dois têm permanecido hospitalizados, nos cuidados intensivos, em "estado crítico, mas estável".

Também hospitalizado está um polícia, um dos primeiros a chegar ao local para socorrer o ex-espião russo e a sua filha. O elemento das forças policiais está consciente e encontra-se em "estado grave, mas estável".

Na última segunda-feira, a primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou ser "muito provável que a Rússia seja responsável" pelo envenenamento do ex-espião russo e da filha.

Diante dos parlamentares britânicos, May sublinhou que a substância utilizada contra o ex-espião e a filha Yulia é "de qualidade militar" desenvolvida pela Rússia.

Na mesma intervenção, a primeira-ministra do Reino Unido deu a Moscovo um prazo, até hoje à noite, para fornecer explicações à Organização para a Proibição de Armas Químicas.

Neste dia, a Rússia classificou como um "espetáculo circense" as acusações feitas pela primeira-ministra britânica.

"É um espetáculo circense no parlamento britânico. As conclusões são claras: uma nova campanha de propaganda informativa assente em provocações", declarou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova.

A Convenção sobre a Interdição de Armas Químicas, que entrou em vigor em 1997, foi assinada por 192 países, tendo a OIAQ supervisionado a destruição de 96% dos arsenais químicos declarados.

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