Preço do euro sobe 70% no mercado negro, desde eleição na Venezuela
Os preços do dólar norte-americano e do euro no mercado negro venezuelano subiram mais de 70% desde domingo, dia em que se decorreu a eleição para a Assembleia Constituinte, convocada pelo Presidente da Venezuela.
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Economia Mercado
Nas primeiras horas do dia de hoje, um euro cotava-se a 21.390,00 bolívares e um dólar dos Estados Unidos a 17.980,00, em contraste com os valores de 12.360,00 e 10.389,00, respetivamente, registados antes das eleições.
Trata-se do valor mais alto para as moedas estrangeiras e a desvalorização mais elevada da moeda da Venezuela, onde desde 2003 vigora um férreo sistema de controlo cambial que impede a livre obtenção de moeda local.
Os empresários têm que apresentar ao Executivo um pedido de autorização para terem acesso a dólares a preços preferenciais para as importações, queixando-se de demoras nas autorizações, na entrega de divisas e de insuficientes atribuições.
O Presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, já reagiu à subida do preço das divisas no mercado paralelo e advertiu que "os especuladores" que fixem os preços dos produtos com base no Dolar Today (página 'online' que divulga o preço não oficial) "irão para a prisão".
"Vamos iniciar uma nova etapa constituinte e há que batalhar duro contra os especuladores que fixam os preços" através de esquemas ilegais [Dolar Today], afirmou. "Não permitiremos" vendas "ao preço do dólar criminoso e terrorista de Miami" [Estados Unidos], sublinhou Maduro.
"Disseram-me que uma rede de supermercados quer subir os preços, há que investigar (...) Mão dura, mão de ferro", exigiu o Presidente às autoridades competentes em relação a quem reincida na especulação, na guerra económica, contra os venezuelanos.
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