Presidente da Nissan vai ser demitido por suspeitas de fraude fiscal
Carlos Ghosn estará a ser interrogado por alegada fraude fiscal. A Nissan já reagiu e anunciou que vai propor a demissão de Ghosn do cargo de presidente.
© Reuters
Auto Japão
A Nissan Motor anunciou, esta segunda-feira, que vai propor ao conselho de administração a demissão do atual presidente da fabricante automóvel, Carlos Ghosn, devido a suspeitas de fraude fiscal. Em causa estão as notícias avançadas pela imprensa internacional que dão conta que Ghosn iria ser detido no Japão.
Deste modo, e reagindo ao sucedido, a Nissan veio dizer que vai propor que Ghosn seja afastado do cargo. Num comunicado, a fabricante automóvel acrescenta também que tem vindo a desenvolver uma investigação interna para apurar o sucedido.
"Uma vez que a má conduta, descoberta através da nossa investigação interna, constitui claras violações do dever de cuidado enquanto diretores, o CEO da Nissan, Hiroto Saikawa, vai propor ao conselho de administração da Nissan a demissão imediata de Ghosn dos cargos de chairman e de diretor representante. Saikawa também irá propor a demissão de Greg Kelly", conforme se pode ler no comunicado divulgado pela fabricante automóvel.
As ações da Renault estão a deslizar 13%, uma vez que Ghosn também é CEO e presidente da Renault.
Ao que tudo indica, em causa estará a declaração de rendimentos inferiores face ao montante realmente auferido. A estação televisiva NHK avança que o presidente do grupo Nissan-Renault já está a ser interrogado, mas que se terá apresentado voluntariamente às autoridades.
De acordo com o mesmo comunicado, Greg Kelly, outro dos diretores da marca, também estará envolvido na investigação. Por isso, a Nissan irá propor também o seu afastamento.
A Nissan deu ainda conta de ter colaborado "plenamente" com a investigação, ao ter fornecido informações ao Ministério Público japonês. A fabricante automóvel aproveita ainda para pedir desculpas aos acionistas e obrigacionistas pelo sucedido e reitera que continuará a colaborar com as autoridades.
[Notícia atualizada com mais informação às 10h48]
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