FMI recomenda à China que termine com divisões digitais e regulatórias
A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, enalteceu hoje o desejo da China em se continuar a abrir, mas recomendou que o país termine com a divisão digital e regulatória.
© Reuters
Mundo Christine Lagarde
O Presidente chinês, Xi Jinping, "foi muito especifico: falou da abertura de setores como a banca, seguros, automóveis, redução das taxas alfandegárias e barreiras, e um ambiente mais atrativo para as empresas estrangeiras", destacou Lagarde.
A diretora-geral do FMI falava na abertura do fórum Boao, conhecido como "Davos asiático", que se realiza esta semana na ilha de Hainan, extremo sul da China.
Lagarde elogiou ainda a vontade expressa por Xi em melhorar a proteção dos direitos de propriedade intelectual, destacando que isso contribuirá para o progresso do país.
Há várias décadas que firmas estrangeiras acusam empresas chinesas de pirataria e roubo de tecnologia.
A responsável do FMI apelou ainda ao país que termine com a divisão digital e regulatória.
"Na Ásia, assistimos a um florescimento da 'fintech' [o uso de novas tecnologias por empresas do setor financeiro]. Isso revela a existência de 'gaps' regulatórios, que se não forem resolvidos nos níveis domésticos e transfronteiriço, podem causar riscos sistémicos", afirmou.
Lagarde referiu ainda o que designa de "divisão na inovação".
A responsável explicou que o FMI publicou recentemente um documento que "identifica como o comércio facilita a transferência de tecnologia".
A diretora lembrou que a inovação e novas tecnologia não pertencem mais apenas a um pequeno número de países, notando que dois terços dos 'robots' no mundo encontram-se agora no Japão, Coreia do Sul e China.
"Devemos continuar assim e é através do comércio que a inovação continuará a ser compartida. Além de ser um importador de tecnologia, a Ásia converter-se-á num exportador de tecnologia", afirmou.
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