Polícia antimotim intervém nos protestos pela libertação de Puigdemont
Milhares de pessoas saíram às ruas para se manifestarem contra a detenção de Carles Puigdemont, que ocorreu este domingo na Alemanha.
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Mundo Catalunha
Os Comités de Defesa da República (CDR) e da Assembleia Nacional da Catalunha (ANC) convocaram manifestações para as ruas de Barcelona, este domingo, que foram atendidas em peso. Milhares de pessoas marcharam em protesto contra a detenção do ex-presidente do governo regional da Catalunha, Carles Puigdemont, que aconteceu na Alemanha.
Depois de, na sexta-feira, o Supremo Tribunal espanhol ter decidido a emissão de um mandado de detenção europeu e internacional contra Puigdemont e cinco outros dirigentes catalães, o ex-presidente da Generalitat foi detido pelas autoridades alemãs ao passar a fronteira da Dinamarca para a Alemanha.
Irá passar esta noite numa prisão da cidade de Neumüenster e será amanhã presente a um juiz, onde se dará início ao processo de que ditará, ou não, a sua extradição para a Espanha.
Entretanto, na Catalunha, renova-se a tensão entre autoridades e cidadãos, com situações de conflito já registadas este domingo.
Os elementos que participam no protesto convocado pelos Comités de Defesa da República estão agora concentrados junto ao gabinete do representante do Governo espanhol na Catalunha, onde a polícia antimotim já teve que intervir, impedindo o avanço da multidão, conforme pode ver no vídeo abaixo, em direto do perfil de Facebook do La Vanguardia.
Nos protestos, os manifestantes exibem cartazes e gritam "Puigdemont, nosso presidente", além de apelarem a uma nova greve geral e pedirem a libertação de "presos políticos".
Os Mossos d'Esquadra admitiram, à imprensa, que foi necessário recorrer à carga policial porque "ocorreram alguns momentos de tensão" e foi necessário "algum empurrão" para evitar que os manifestantes furassem o cordão policial, algo que não aconteceu.
Carles Puigdemont, recorde-se, estava refugiado há alguns meses na Bélgica mas deslocou-se nos últimos dias a Helsínquia para dar uma conferência, uma deslocação destinada a internacionalizar o processo independentista da Catalunha.
Na sexta-feira, no entanto, o Supremo Tribunal espanhol emitiu um mandado de detenção europeu e internacional contra o líder independentista e cinco outros dirigentes catalães. Puigdemont estaria a tentar sair do país, de carro, para chegar à Bélgica.
A detenção pelas autoridades alemãs poderá complicar o caso do ex-presidente catalão, uma vez que, ao contrário do que acontecia na Bélgica, o Código Penal alemão prevê penas que vão de dez anos a prisão perpétua para crimes similares aos que são imputados em Espanha a Puigdemont.
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