Meteorologia

  • 19 MARçO 2024
Tempo
17º
MIN 12º MÁX 20º

Internet corrige injustiça com quase 50 anos: Dar nome a uma mulher

Uma mulher encontrou uma imagem com 47 anos cuja única mulher era também a única integrante sem nome: “não identificada”. O Twitter, e dezenas de pessoas, desvendaram o mistério em menos de uma semana.

Internet corrige injustiça com quase 50 anos: Dar nome a uma mulher
Notícias ao Minuto

17:48 - 20/03/18 por Anabela de Sousa Dantas

Mundo Twitter

Candace Jean Andersen descobriu a fotografia ao ler um artigo. Não se sabe de quê mas Candace reparou num detalhe gritante: todas as pessoas naquela imagem estavam identificadas na legenda, menos uma, a única mulher.

“Hey, Twitter, tenho uma missão: a mulher nesta imagem era uma das participantes da Conferência Internacional sobre a Biologia das Baleias em 1971. É a única mulher e a única com a legenda ‘não identificada’ no artigo onde encontrei a foto. Todos os homens têm nomes. Conseguem ajudar-me a identificá-la?”, lê-se na legenda da imagem.

A publicação foi escrita a 9 de março e conseguiu 13 mil partilhas. Paralelamente, desencadeou uma discussão e uma entreajuda online admirável, com dezenas de pessoas a contribuir e outras tantas a aguardar um (algum) desfecho.

Candace ainda publicou uma imagem aproximada da “mulher mistério” que “infelizmente ficou quase tapada para a fotografia”. A conferência teve lugar na Virginia, escreveu, e reuniu participantes de dez países diferentes.

Foi encontrada uma mulher que ajudou a organizar a conferência, Suzanne Montgomery Contos, e que desmentiu que fosse ela, mas que trouxe outras pessoas à discussão. Um dos homens da imagem, Robert Brownell, foi contactado e disse que a mulher em questão poderia ser uma administrativa.

“Trabalhava para Clyde Jones na ‘Fish and Wildlife Services’ no início dos anos 70”, afirmou. Clyde Jones, no entanto, já tinha morrido, conforme indicou pouco depois.

Uma mulher que trabalha no Instituto Smithsonian ajudou com informação sobre aquela altura e chegou-se, de novo, ao nome de Clyde Jones, que supostamente seria chefe da mulher. Daí até ao seu nome foi um passo.

O seu nome é Sheila Jones e está viva. Candace partilhou uma mensagem sua: “Oh meu Deus, sim, sou eu… há muito, muito tempo numa galáxia LONGÍNQUA”.

Para além de terem descoberto o seu nome, ainda descobriram que não era só uma administrativa, mas sim uma cientista. Sheila era uma técnica de investigação biológica do Instituto Smithsonian, entre 1972 e 1973. Em conversa através do Facebook, Candace descobriu que Sheila tem uma longa carreira em agências governamentais e agora, justamente, o seu nome nos livros de história.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório