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Países europeus elencam prioridades e uma é a adaptação ao clima

Os países europeus identificaram as prioridades da Europa sobre a água e apontaram a adaptação às alterações climáticas, a sua gestão conjunta e a economia circular, disse hoje o comissário português no Fórum Mundial que começa segunda-feira em Brasília.

Países europeus elencam prioridades e uma é a adaptação ao clima
Notícias ao Minuto

10:05 - 17/03/18 por Lusa

Mundo Água

As prioridades da Europa na gestão deste recurso estão elencadas num relatório preparado para o 8.º Fórum Mundial da Água, que vai decorrer na próxima semana em Brasília, no Brasil, e que resultou de várias atividades, reuniões e inquéritos realizados junto dos parceiros europeus, num trabalho liderado por Portugal, afirmou à agência Lusa Jaime Melo Baptista.

Uma das vertentes do Fórum é a análise regional da problemática da água e será abordado o que se passa em cada região mundial, da Europa, à América do Sul ou África nos temas escolhidos para debate.

"Os 52 países europeus estarão presentes", representados por Portugal, que "desenvolveu um trabalho intenso", através do Ministério do Ambiente, como líder do processo regional da Europa, especificou.

o relatório regional europeu, com mais de 200 páginas a descrever o ponto de situação em cada uma das áreas temáticas, com intervenções de especialistas de vários países, vai ser apresentado e discutido em Brasília para dar origem a um documento final que deverá chegar a vários agentes, como os políticos.

Jaime Melo Baptista explicou cada prioridade. Na questão da água e do clima, a Europa entendeu que a sua prioridade se relaciona com as medidas de adaptação do setor água às alterações climáticas, enquanto, no abastecimento e saneamento, o problema indicado é a saúde pública 'versus' os serviços de águas.

Para os países europeus, disse o responsável, no desenvolvimento, foi escolhida "a gestão conjunta, articulada e eficiente dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos" e, no tema cidade, a Europa "entendeu que era a economia circular da água".

Foi também escolhido o esforço necessário em muitos países para restaurar os ecossistemas de águas, que, "por uma razão ou por outra, foram sendo degradados ou canalizados com betão, e devolvê-los aos cidadãos", especificou o comissário de Portugal no Fórum, acrescentando que sobre o financiamento a escolha foi "a identificação de instrumentos inovadores".

Melo Baptista realçou, no entanto, que "dentro da Europa há diferenças entre o norte e o sul, o este e o oeste" e, no relatório, há "a perceção de que, por exemplo, na Europa mais ocidental as questões de água e saneamento estão maioritariamente resolvidas - e Portugal não é exceção -, e os cidadãos e os países dão mais atenção agora às questões da sua ligação com a saúde pública".

A Europa de leste, acrescentou o comissário, "tem um grande problema de infraestruturas completamente envelhecidas [e os países] dão muito mais importância a coisas como o investimento em infraestruturas novas".

O documento aponta tendências e necessidades e integra temas como a sustentabilidade a longo prazo dos serviços de águas e esgotos na Europa, o gasto excessivo de água e energia nas cidades, a tarefa de tornar os ecossistemas sustentáveis ou o financiamento de investimentos inovadores.

No Fórum, estão previstas sessões inter-regionais, entre a Europa e outras regiões do mundo, para discutir problemas comuns e, por exemplo, as entidades reguladoras europeias e sul-americanas deverão debruçar-se sobre os direitos humanos na água e saneamento, enquanto nas sessões com a Europa e África o tema será o desafio da água nas migrações.

Comum à Europa, África, América do Sul e Ásia será o tema das políticas públicas a desenvolver para cumprir as metas de desenvolvimento sustentável.

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