Rebeldes não querem negociar saída de Ghouta com a Rússia
Grupos armados na zona de Ghouta Oriental acusam Moscovo de querer causar "deslocamentos em massa" e garantem que vão continuar a lutar contra o regime.
© Reuters
Mundo Síria
Os rebeldes que combatem em Ghouta Oriental, na Síria, contra o regime de Bashar al-Assad rejeitaram a retirada segura da cidade oferecida por Moscovo. Os grupos armados consideram que a proposta não é séria e que a Rússia pretende causar “deslocamentos em massa”.
“A persistência da Rússia em causar deslocamentos em massa é um crime que não pode ser ignorado”, afirmou à Al Jazeera Wael Olwan, do grupo Failaq al-Rahman, ligado ao Exército Livre da Síria.
Também esta quarta-feira, em declarações à Reuters, um responsável por um grupo rebelde que não quis ser identificado disse que “não existem negociações” com a Rússia. “As fações de Ghouta, os seus combatentes e o seu povo vão continuar no seu território e vão defendê-lo”, garantiu.
Apesar de a trégua humanitária, decidida unilateralmente por Moscovo depois do cessar-fogo aprovado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas estar em vigor, a ofensiva do regime e da Rússia ainda não parou e as equipas de ajuda humanitária têm tido muita dificuldade em entrar no enclave de Ghouta para ajudar a população.
Prova de que o regime, que já controlada cerca de um terço de Ghouta, está apostado em destruir toda a oposição na cidade é o contingente de 700 homens enviado para combater os grupos rebeldes.
Esta quarta-feira o Conselho de Segurança das Nações Unidas reuniu de emergência a pedido da França e do Reino Unido (dois dois cinco membros permanentes). Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, desde 18 de fevereiro já morreram cerca de 800 pessoas em Ghouta Oriental.
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