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Independentista catalã refugia-se na Suíça para escapar à Justiça

Uma dirigente independentista catalã, Anna Gabriel, do partido minoritário de extrema-esquerda CUP, anunciou hoje em Genebra que tem intenção de se instalar na Suíça, onde poderá pedir asilo político se a Espanha solicitar a sua extradição.

Independentista catalã refugia-se na Suíça para escapar à Justiça
Notícias ao Minuto

13:42 - 20/02/18 por Lusa

Mundo Anna Gabriel

"Ainda não pedi asilo político. Se ficar aqui tentarei recomeçar a vida académica", disse Gabriel numa entrevista à televisão pública suíça RTS, acrescentando que se houver um pedido de extradição irá solicitar o asilo político.

A deputada regional pertencente à CUP (Candidatura de Unidade Popular) é a sexta separatista catalã a abandonar Espanha, depois de Carles Puigdemont, presidente destituído da Catalunha, e quatro outros membros do seu executivo se terem instalado na Bélgica em outubro do ano passado na sequência da tentativa falhada de independência da região.

Puigdemont e restantes ministros regionais, acusados de delitos de rebelião, sedição e peculato, arriscam-se a ser presos no caso de decidirem regressar a Espanha.

Anna Gabriel devia comparecer esta quarta-feira perante um juiz do Supremo Tribunal, em Madrid, para explicar o papel que teve no processo que devia levar a Catalunha a tornar-se numa República independente de Espanha.

Na entrevista, a separatista acusa Madrid de "repressão" e compara a situação na Catalunha "ao que se passa neste momento na Turquia".

Mais de 55.000 pessoas, entre as quais jornalistas, deputados e ativistas políticos, foram detidos nesse país depois de uma tentativa de golpe de Estado em 2016.

Quatro outros dirigentes independentistas, entre eles o ex-vice-presidente do Governo regional Oriol Junqueras, aguardam neste momento em prisão o resultado das investigações dos mesmos delitos.

O "processo" de independência da Catalunha foi interrompido em 27 de outubro de 2017 quando o Governo central espanhol decidiu intervir na Comunidade Autónoma, nomeadamente através da dissolução do parlamento regional, a destituição do executivo regional e a convocação de eleições regionais que se realizaram a 21 de dezembro último.

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