Primeiro-ministro apoiou refugiado e pode ser destituído por causa disso
Miro Cerar manifestou o seu apoio a Ahmad Shamieh, que está em risco de ser deportado do país. A oposição não gostou e decidiu começar um processo de impeachment contra o primeiro-ministro.
© Reuters
Mundo Eslovénia
O primeiro-ministro da Eslovénia, Miro Cerar, vai enfrentar um processo de impeachment (destituição) depois de ter declarado o seu apoio a um refugiado sírio que está prestes a ser deportado do país.
Ahmad Shamieh, de 60 anos, chegou à Eslovénia em 2015, numa das alturas de maior fluxo de refugiados a chegar à Europa. Integrou-se no país só que os tribunais recusaram o seu pedido de asilo, tendo sido ordenada a sua deportação para a Croácia, o primeiro país europeu onde esteve depois de fugir da Síria.
O caso ganhou contornos políticos rapidamente e dois partidos de Esquerda, o SD, que faz parte do governo esloveno, e o Levica, levaram Shamieh ao parlamento para impedir a sua deportação.
Segundo o The Guardian, Miro Cesar, que é primeiro-ministro desde 2014, deu uma conferência de imprensa , na semana passada, onde sugeriu que deveria ser encontrada uma solução para o caso do refugiado sírio de 60 anos, de forma a impedir a sua deportação.
Estas declarações não caíram bem na oposição, que acusa Cerar de se imiscuir em questões judiciais. Por esse motivo, o SDS, partido de Direita, anunciou a intenção de destituir o atual primeiro-ministro.
Fontes governamentais afirmaram ao The Guardian de que o processo dificilmente avançará, uma vez que o primeiro-ministro deve conseguir reunir apoios suficientes no parlamento para que o impeachment não avance.
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