Iémen enfrenta "a maior fome" dos últimos tempos
O secretário-geral adjunto dos Assuntos Humanitários da ONU advertiu que o Iémen, sujeito a um bloqueio da Arábia Saudita, enfrenta "a maior fome" dos últimos tempos, que poderá causar "milhões de vítimas".
© Reuters
Mundo Responsável
Mark Lowcock disse na quarta-feira aos jornalistas, depois de ter falado perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas, que reclamou a "retoma imediata" da ajuda humanitária à população do Iémen, interrompida desde segunda-feira devido ao bloqueio de portos, aeroportos e estradas no país.
O bloqueio ao Iémen, pela coligação árabe liderada pela Arábia Saudita, resulta de um conflito entre os sauditas, apoiados pelos Estados Unidos, e o Irão desencadeado por um tiro de míssil, no fim de semana, por rebeldes 'huthis' iemenitas pró-iranianos que foi intercetado perto de Riade, capital da Arábia Saudita.
Segundo Mark Lowcock, que visitou recentemente o Iémen, a fome que o país enfrenta não é a mesma que fustigou o Sudão do Sul e a Somália.
A Suécia, que esteve na origem da convocação da reunião do Conselho de Segurança sobre a situação do Iémen, alertou para "as enormes consequências" para o povo iemenita se o bloqueio imposto por Riade continuar.
Em causa está a ajuda humanitária urgente a 21 milhões de pessoas, indicou o representante-adjunto sueco na ONU, Carl Skau, acrescentando que sete milhões de pessoas estão à beira da fome.
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