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Catalães ganharam "o direito a ter um Estado independente"

O presidente do governo regional da Catalunha, Carles Puigdemont, declarou hoje que, após o referendo, os catalães ganharam "o direito a ter um "Estado independente" e anunciou que remeterá ao parlamento regional o resultado da votação.

Catalães ganharam "o direito a ter um Estado independente"
Notícias ao Minuto

21:59 - 01/10/17 por Lusa

Mundo Catalunha

"Hoje, com esta jornada de esperança e também de sofrimento, os cidadãos da Catalunha ganharam o direito a ter um Estado independente que se constitua em forma de república", sublinhou, numa declaração no Palau, a sede do governo, acompanhado pelos membros do executivo regional.

Puigdemont anunciou que enviará, "nos próximos dias", ao parlamento catalão "os resultados" da consulta de hoje, para que "atue de acordo com o que está previsto na lei do referendo".

Na declaração, na qual não revelou números sobre a votação, o governante catalão defendeu que "as instituições catalãs têm o dever de respeitar e aplicar o que hoje decidiram os seus cidadãos, e de o honrar com a sua fidelidade ao compromisso para erguer, digna e coletivamente, um país livre, pacífico e democrático".

Hoje, a Catalunha "ganhou muitos referendos".

"Temos direito a decidir o nosso futuro, temos direito à liberdade e queremos viver em paz, sem violência e fora de um Estado que é incapaz de propor uma só razão convincente que não seja a imposição e o uso da força suja", sustentou.

Puigdemont deixou um apelo à união dos catalães, numa região que ficou profundamente dividida durante este processo, com estudos de opinião a indicarem que a maioria dos habitantes é contra a independência da Catalunha.

"O caminho que temos de percorrer a partir de agora temos de percorrer juntos, tal como temos feito juntos o caminho que nos trouxe até aqui. E temos que continuar com civismo e paz, porque é o desejo deste país", declarou, antes de defender a necessidade de abertura "às propostas de diálogo que sirvam para respeitar a vontade dos catalães e as propostas de mediação".

A justiça espanhola considerou ilegal o referendo pela independência convocado para hoje pelo governo regional catalão e deu ordem para que a polícia regional fechasse os locais de votação.

Face à inação da polícia regional em alguns locais, foram chamadas a Guardia Civil e a Polícia Nacional espanhola. Foram estes corpos de polícia de âmbito nacional que então protagonizaram os maiores momentos de tensão para tentar impedir o referendo.

A Guardia Civil e a Polícia Nacional espanhola realizaram cargas policiais e entraram à força em várias assembleias de voto que tinham sido ocupadas por pais, alunos e residentes, numa tentativa de garantir que os locais permaneceriam abertos.

Estas forças retiraram pessoas que ocupavam locais de votação, tendo mesmo ocupado o pavilhão desportivo da escola em Girona onde deveria votar o líder da Generalitat, Carles Puigdemont, que acabaria por votar noutro local.

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