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Suspensão do contracetivo Essure não está relacionada com "segurança"

A farmacêutica Bayer, que comercializa o contracetivo Essure, retirado do mercado espanhol durante três meses, assegurou hoje que "esta suspensão temporária não está relacionada com qualquer questão de segurança ou de qualidade do produto".

Suspensão do contracetivo Essure não está relacionada com "segurança"
Notícias ao Minuto

20:53 - 08/08/17 por Lusa

Mundo Bayer

A Agência Espanhola dos Medicamentos e Produtos de Saúde (AEMPS) requereu a retirada do mercado do método contracetivo Essure, por este não dispor atualmente do certificado CE e como medida de precaução ordenou aos serviços de saúde que parem de o utilizar.

A AEMPS foi informada pela empresa Bayer Hispania da suspensão temporária do certificado CE a este produto até 2 de novembro, emitido pela National Standards Authority of Ireland (NSAI)

Muitos produtos só podem ser vendidos na União Europeia se ostentarem a marcação CE, que certifica que os mesmos foram avaliados e cumprem os requisitos da UE em matéria de segurança, saúde e proteção do ambiente.

Numa nota emitida na segunda-feira, a AEMPS explica que o "Essure" é um anticoncecional permanente e que atua de forma mecânica, provocando uma reação de corpo estranho que produz a oclusão da trompa.

Na mesma nota, a agência espanhola refere que, por não ter atualmente o certificado CE em vigor, foi requerida a sua retirada do mercado.

Hoje a empresa Bayer explicou em comunicado que a National Standards Authority of Ireland decidiu não renovar o certificado porque "não encerrou o processo de recertificação do produto antes da data em que este expirava, a 03 de agosto".

Assim, explica a empresa, a comercialização do Essure tem de ser suspensa temporariamente nos mercados onde é distribuído com a marcação CE, entre os quais Espanha.

Esta suspensão temporária, adianta a Bayer, não afeta mercados como o dos Estados Unidos.

De momento, enquanto aguardam a resolução de todas as questões pendentes associadas ao processo de recertificação, a AEMPS solicitou à Bayer essa suspensão temporária de comercialização e a retirada do mercado do dispositivo "Essure".

A Bayer salienta que a agência espanhola observou que os dados existentes "não questionam a relação benefício / risco do dispositivo".

Quanto às mulheres que já têm o Essure, a AEMPS refere que "não aconselha a sua remoção ou a alteração da sua monitorização".

A empresa afirma ainda que "a segurança do paciente e o uso adequado do "Essure" é a principal prioridade para a Bayer".

A agência Lusa contactou o INFARMED (Instituto da Farmácia e do Medicamento) português para questionar se este dispositivo é comercializado em Portugal e se a sua licença será retirada provisoriamente, como aconteceu em Espanha, mas aquele organismo remeteu uma resposta para mais tarde.

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